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| Polícia encontra bolsas femininas na casa de suposto serial killer, em Goiás - Reprodução / TV Anhanguera |
A prisão e a conexão com outras vítimas
A mãe de uma mulher de 38 anos, que está desaparecida há cerca de um mês, reconheceu a bolsa da filha em imagens divulgadas pela polícia. O delegado Adelson Candeo confirmou à TV Anhanguera (afiliada da TV Globo) que a mulher foi até a delegacia de Rio Verde após ver os objetos apreendidos na casa de Rildo, levantando a suspeita de que ele seja o responsável pelo seu desaparecimento.
Na residência do suspeito, a polícia encontrou cinco bolsas, três facas e três bonecas, que, segundo a polícia, poderiam ser "troféus" dos crimes.
A prisão de Rildo aconteceu na última quinta-feira, após o corpo de Elisângela ser encontrado em um terreno baldio. A jovem foi abordada por ele por volta das 4h da madrugada, a caminho do trabalho. O suspeito anunciou um assalto e a levou para o terreno. O corpo de Elisângela foi encontrado sem calças e parcialmente enterrado.
Embora Rildo tenha negado o estupro, ele confessou ter enterrado o corpo para ocultar o cadáver. Ele alegou que Elisângela teria morrido acidentalmente, após uma briga e uma queda, mas o delegado Candeo descartou essa versão. "A quantidade de lesões que ela tinha no rosto e no crânio deixa muito evidente que não foi um acidente. Ela foi agredida com extrema violência e extrema barbaridade", declarou Candeo.
Padrão de crimes e características de psicopatia
Além do caso de Elisângela, a polícia investiga a ligação de Rildo com outros dois feminicídios, de mulheres de 31 e 40 anos, e o desaparecimento de uma terceira mulher, de 42 anos, vista pela última vez em maio. Todas as vítimas de feminicídio teriam sido mortas da mesma forma: com pancadas na cabeça, em terrenos baldios, durante a madrugada, e seus corpos encontrados sem roupas, com tentativas de ocultação de cadáver.
A Justiça de Goiás decretou a prisão preventiva de Rildo, que responderá por feminicídio, latrocínio e ocultação de cadáver. Ele também é investigado por um latrocínio ocorrido em 7 de setembro, quando um homem teve a garganta cortada enquanto dormia em seu carro, que foi roubado em seguida. O suspeito também tem passagens criminais na Bahia.
A polícia informou que Rildo agia de madrugada, usando, em algumas ocasiões, um uniforme de funcionário de limpeza urbana para não levantar suspeitas. O delegado Candeo afirmou que o desprezo demonstrado por ele e a tranquilidade com que agia após os crimes são "características típicas de psicopatas". A Defensoria Pública de Goiás atua na defesa de Rildo e não comentará as acusações.
