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Denúncia leva polícia a desarticular ponto de tráfico no bairro do Pinheiro

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Vista aérea dos bairros do Bom Parto e Pinheiro | Foto: Ailton Cruz

Na tarde desta sexta-feira (5), uma operação deflagrada pela Força Tática do 4º Batalhão da Polícia Militar resultou na prisão em flagrante de dois indivíduos por tráfico de drogas. A ação ocorreu no Beco Japão, situado no bairro do Pinheiro, em Maceió, após a PM receber denúncias de moradores sobre intensa movimentação suspeita na área.

Ao chegarem ao local indicado, as guarnições militares identificaram dois suspeitos que correspondiam às características fornecidas pela população. No instante da abordagem, um dos homens foi flagrado entregando um volume ao seu comparsa.

Durante a revista pessoal, os policiais encontraram uma substância análoga à maconha. Questionado, o suspeito admitiu ter recebido o material para realizar a distribuição na região.

As equipes prosseguiram com as diligências e, após uma varredura no entorno, obtiveram a autorização da esposa de um dos envolvidos para entrar na residência do suspeito. No interior do imóvel, foram descobertas e apreendidas mais porções de entorpecentes, incluindo maconha, crack e cocaína, o que confirmou a prática do tráfico.

Diante dos elementos de prova, os dois homens receberam voz de prisão e foram imediatamente levados, juntamente com todo o material apreendido, para a Central de Flagrantes. Eles foram autuados por tráfico de drogas e permanecem detidos, aguardando as disposições da Justiça.

Governador interino há 4 dias, desembargador autoriza reajuste linear de 4,52% no Poder Judiciário de Alagoas

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Fábio Bittencourt parabenizou o governador Paulo Dantas por ter sido eleito presidente do Consórcio Nordeste | Thiago Sampaio / Agência Alagoas

O governador em exercício de Alagoas, desembargador Fábio Bittencourt, aprovou nesta quinta-feira (4) a Lei nº 9.728/2025, que autoriza um reajuste linear de 4,52% para os servidores efetivos, estáveis e ocupantes de cargos em comissão do Poder Judiciário.

A sanção foi oficializada no Palácio República dos Palmares e contou com a participação do secretário-chefe do Gabinete Civil, Felipe Cordeiro.

Conforme estabelecido no artigo 1º da nova legislação, o aumento contempla tanto os cargos comissionados quanto as funções gratificadas do Judiciário. O impacto financeiro da atualização salarial começará a ser aplicado a partir de 1º de janeiro de 2026.

A lei também assegura que o mesmo índice seja repassado aos servidores aposentados e às pensões vinculadas ao Judiciário, desde que os benefícios tenham sido concedidos com paridade previdenciária.

O percentual de 4,52% corresponde ao IPCA acumulado em 2020, funcionando como uma recomposição inflacionária já implementada anteriormente nos poderes Executivo e Legislativo, e agora estendida ao âmbito do Judiciário.

Vereador denuncia ao vivo ter recebido R$ 100 mil em propina para votar na eleição da Mesa Diretora

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Vereador denuncia ao vivo ter recebido R$ 100 mil em propina para votar na eleição da Mesa Diretora

Um escândalo de corrupção abalou a Câmara Municipal de Mercês, na Zona da Mata mineira, após um vereador fazer uma denúncia ao vivo sobre a compra de votos para a eleição da nova Mesa Diretora. O caso resultou na imediata abertura de um inquérito conjunto pela Polícia Civil e pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG).

Os Fatos Centrais e a Denúncia

O vereador Marcelio Estevam Teixeira, conhecido politicamente como Marcelo Moto Som (do partido Mobiliza), utilizou a tribuna do plenário para declarar ter recebido a quantia de R$ 100 mil em espécie. Segundo ele, o dinheiro foi uma oferta do empresário e proprietário de um posto de combustíveis local, Calixto Domingos Neto, com o objetivo de garantir seu voto no candidato José Ivanio de Oliveira (PSD).

Durante a sessão, realizada na última terça-feira (2), as imagens oficiais registraram o momento em que o vereador retirou uma grande soma de dinheiro de uma bolsa, alegadamente o montante usado para suborná-lo na votação. A Polícia Militar foi acionada, apreendeu a quantia e formalizou a ocorrência, que agora é tratada como um potencial crime de corrupção.

Contexto Político e Consequências

O incidente ganha uma dimensão política ainda maior porque o novo presidente eleito da Câmara está previsto para assumir, de forma interina, o cargo de Prefeito da cidade. Isso se deve ao fato de o prefeito eleito, Donizete Calixto (Mobiliza), não ter podido tomar posse.

Foi a atual presidente da Casa, Rosimeire das Mercês Costa (do partido Avante), quem solicitou a intervenção da Polícia Militar logo após tomar conhecimento da grave acusação.

A defesa do vereador Marcelio Estevam Teixeira declarou que o episódio está devidamente registrado e será integralmente esclarecido ao longo das investigações. Por outro lado, o empresário Calixto Domingos Neto, apontado como o autor da suposta oferta de dinheiro, foi procurado pela imprensa, mas não se manifestou sobre as alegações. As autoridades seguem empenhadas na apuração de todos os detalhes para determinar as devidas responsabilidades.

Mesada de R$ 300 mil para o filho do presidente Lula

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Lulinha e Careca do INSS

As revelações entregues à CPMI do INSS reacenderam um velho fantasma que jamais abandonou a política brasileira: a suspeita constante, quase cíclica, de que interesses privados se entrelaçam com o poder público de forma obscura.
Segundo depoimento obtido pela Polícia Federal e compartilhado com parlamentares, o empresário Fábio Luiz Lula da Silva, o Lulinha, teria recebido — em tese — uma mesada de cerca de R$ 300 mil paga por Antônio Carlos Camilo Antunes, apelidado de “Careca do INSS”.

O relato, apresentado por Edson Claro, ex-funcionário de Antunes, inclui ainda a menção a um suposto pagamento de R$ 25 milhões, cuja moeda sequer foi especificada. As informações, divulgadas pela repórter Mariana Haubert, já circulam entre membros da CPMI e devem pautar os debates desta quinta-feira.

Como agravante para o enredo político, o depoente afirma que Lulinha teria viajado com Antunes — algo que, caso confirmado, adicionaria novas camadas de complexidade ao quadro. Paralelamente, o filho do presidente encontra-se morando em Madri, com previsão de retorno apenas após o término do mandato do pai.

Até o momento, tudo está em fase de apuração. Não há conclusões, decisões judiciais ou comprovações definitivas. Mas, no Brasil, o impacto político não espera o fim das investigações para se instalar.

O que mais chama atenção nesse episódio não é apenas o conteúdo das alegações, mas o ambiente em que surgem.

O Brasil atravessa um momento em que a geopolítica pressiona, exige posicionamentos firmes e cobra coerência. Em um mundo polarizado, onde guerras, blocos econômicos e disputas estratégicas moldam a realidade, a estabilidade interna é peça-chave.

E, paradoxalmente, é justamente o que o país não tem.

Escândalos — confirmados ou apenas insinuados — tornam-se munição em uma guerra narrativa diária. A oposição usa, o governo reage, as redes amplificam.
Enquanto isso, problemas centrais da geopolítica nacional continuam relegados a segundo plano

Deputados alagoanos comemoram derrota do governo e aprovação do PL Antifacção

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Alfredo Gaspar e Fábio Costa

O Projeto de Lei Antifacção, que estabelece medidas mais rigorosas contra o crime organizado, teve sua aprovação celebrada por parlamentares alinhados ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O texto aprovado introduz o endurecimento de penas, modifica a forma como os recursos provenientes de bens apreendidos em operações contra o crime organizado são distribuídos e cria novos tipos penais (novos crimes ou modificações em crimes existentes).

Da bancada alagoana na Câmara dos Deputados, dois representantes com forte atuação na área de Segurança Pública manifestaram satisfação com o resultado: Fabio Costa (PP) e Alfredo Gaspar (União Brasil). Ambos fizeram elogios ao relatório apresentado pelo deputado Guilherme Derrite e destacaram a relevância da proposta para enfrentar a criminalidade no país.

O deputado Fabio Costa classificou a aprovação como um marco, afirmando:

“O Brasil deu um passo histórico no combate às facções e ao crime organizado. Um avanço decisivo para proteger nossas famílias, fortalecer as forças de segurança e devolver a paz às ruas. Parabenizo o relator, deputado Guilherme Derrite, pelo trabalho sério e técnico. Um representante que realmente entende de segurança pública.”

Já Alfredo Gaspar, por meio de suas plataformas digitais, salientou que a nova legislação intensifica a pressão e o controle sobre traficantes e os principais chefes de organizações criminosas.

Câmara de Junqueiro gasta quase R$ 150 mil em cursos de capacitação para servidores e vereadores

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Câmara de vereadores de Junqueiro

A Câmara Municipal de Junqueiro firmou um contrato no valor de R$ 149.992,00 para a realização de quatro capacitações voltadas aos 42 servidores da Casa Legislativa, incluindo vereadores e assessores parlamentares. As informações foram divulgadas no site oficial do Poder Legislativo Municipal, que também detalha que o acordo foi assinado em 10 de outubro.

Segundo a publicação, o objetivo do projeto é aperfeiçoar o desempenho funcional dos servidores e parlamentares por meio de cursos voltados à gestão pública, transparência, processo legislativo e boas práticas administrativas. A empresa contratada será responsável por ministrar as formações ao longo dos próximos meses, em formato presencial e teórico, com módulos voltados ao cotidiano das atividades legislativas e administrativas.

O contrato, embora esteja formalmente amparado por um processo licitatório, chama atenção pelo valor elevado, que se aproxima do limite de R$ 150 mil, considerado expressivo para um município de pequeno porte como Junqueiro. O montante cobre todas as despesas relacionadas às capacitações, incluindo material didático, logística, deslocamento de instrutores e certificação dos participantes.

De acordo com o portal da Câmara, a justificativa apresentada para a contratação é a necessidade de aprimoramento técnico dos servidores públicos, com foco no aumento da eficiência administrativa e na melhoria da qualidade dos serviços prestados à população. O texto destaca ainda que os cursos devem contribuir para o cumprimento de exigências legais e para a adoção de práticas de governança e transparência, alinhadas às diretrizes da administração pública contemporânea.

Apesar da proposta de qualificação profissional, o alto valor do contrato tem gerado discussões sobre a razoabilidade e proporcionalidade do gasto público, especialmente em um contexto de contenção de despesas enfrentado por diversas prefeituras e câmaras municipais do interior alagoano. Especialistas em gestão pública e controle social apontam que iniciativas de capacitação são positivas, mas defendem critérios mais rigorosos de transparência, incluindo a divulgação detalhada do conteúdo programático, das credenciais dos instrutores e da execução financeira do contrato.

Entenda por que Paulão não deve deixar o cargo após decisão do TRE-AL

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Paulão

O deputado federal Paulão (PT) continuará exercendo o mandato, mesmo após a decisão do Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas (TRE-AL), tomada nesta segunda-feira (10), que anulou os votos de João Catunda (PP) e determinou a recontagem dos votos das eleições de 2022. A medida ainda não tem efeito imediato e pode ser contestada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Por 4 votos a 3, o plenário do TRE-AL decidiu pela anulação dos 24.754 votos recebidos por Catunda, que era suplente de deputado federal. Caso a decisão seja mantida nas instâncias superiores, a nova contagem poderá mudar a composição da bancada alagoana na Câmara dos Deputados, retirando Paulão e abrindo espaço para Nivaldo Albuquerque (Republicanos). Até que o caso seja definitivamente julgado, porém, Paulão permanece normalmente no exercício do mandato.

A ação foi movida pelo partido Republicanos, que acusa João Catunda de captação ilícita de recursos durante a campanha eleitoral de 2022. De acordo com a denúncia, ele teria utilizado material gráfico financiado com verbas do Sindicato de Saúde do Município de Maceió (Sindsaúde), o que caracterizaria uso indevido de estrutura sindical.

Durante o processo, o dono da gráfica responsável pela confecção dos panfletos afirmou, em depoimento à relatora do caso, desembargadora Silvana Lessa Omena, que o CNPJ de João Catunda foi incluído por engano no material distribuído durante uma manifestação sindical.

Com o resultado ainda sujeito a recurso, o caso segue em análise e poderá ter desdobramentos nas próximas semanas, dependendo da decisão do TSE.

TRE-AL anula votos de João Catunda; Paulão perde mandato e Nivaldo Albuquerque assume

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João Catunda, Nivaldo Albuquerque e Paulão 
O Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas (TRE-AL) decidiu nesta segunda-feira (10) pela anulação dos votos do deputado federal eleito em 2022, João Catunda (PP). Com a decisão, que acolheu a ação movida pelo partido Republicanos, o deputado Paulão (PT) perde seu mandato e o ex-deputado Nivaldo Albuquerque (Republicanos) assume a vaga na Câmara dos Deputados.

A ação visava a anulação dos 24.754 votos obtidos por João Catunda, sob a acusação de captação ilícita de recursos durante a campanha eleitoral de 2022.

Acusação: Catunda teria financiado material gráfico de campanha por meio do Sindicato de Saúde do Município de Maceió (Sindsaúde), o que é proibido pela legislação eleitoral. O caso remonta a agosto de 2022, durante uma manifestação de servidores municipais.

O presidente do Sindsaúde, Tarsys Henrique Gama dos Santos, afirmou que o material foi custeado com recursos do sindicato e não tinha caráter eleitoral.

O dono da gráfica responsável pela impressão, no entanto, confirmou à relatora do caso, desembargadora Silvana Lessa Omena, que o CNPJ de Catunda foi incluído nos panfletos por engano.

Apesar das argumentações de defesa, o placar do TRE-AL foi apertado, com 4 votos a 3 a favor da anulação.

Com a anulação dos votos de Catunda, o quociente eleitoral da eleição de 2022 foi recalculado, beneficiando o Republicanos e viabilizando a posse de Nivaldo Albuquerque. A decisão é considerada um dos casos eleitorais mais relevantes dos últimos anos em Alagoas, alterando a composição da bancada alagoana no Congresso Nacional.

A complexa trama política de Alagoas: Acordos, promessas e o jogo do poder

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JHC e Renan Filho

Três articulações políticas cruciais estão em andamento nos bastidores de Alagoas, sendo uma delas o conhecido "acordão" de Brasília. Os arranjos envolvem figuras de destaque e trazem à tona um cenário de promessas e incertezas sobre as futuras movimentações eleitorais e administrativas no estado.

O Pacto de 2026 e as Compensações Imediatas

O ex-governador e atual ministro, Renan Filho, selou um entendimento com o governador Paulo Dantas e o presidente da Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE), Marcelo Victor. O principal ponto do acordo é a candidatura de Renan Filho ao governo estadual em 2026. Em contrapartida, uma parte do pacto já foi cumprida: a indicação e posse de sua esposa como conselheira do Tribunal de Contas de Alagoas (TCE). A grande questão agora reside em se Renan Filho honrará sua parte do combinado, mesmo que isso signifique ir contra seus desejos ou interesses atuais.

A Permanência de Dantas e o Veto à Família

Paulo Dantas, por sua vez, garantiu ao grupo político de Renan Calheiros e Marcelo Victor que permanecerá no Palácio República dos Palmares até o final de seu mandato. Essa decisão, no entanto, tem um impacto direto em suas ambições futuras: ela inviabiliza qualquer possibilidade de candidatura dele próprio ou de um membro de sua família no próximo pleito. O texto levanta a dúvida se Dantas deixará o governo por vontade própria ou apenas "na vassoura", ou seja, de forma forçada.

O "Acordão" de Brasília e a Virada de JHC

O terceiro e talvez mais comentado acordo é o de Brasília. O prefeito de Maceió, JHC, declarou a Arthur Lira (presidente da Câmara dos Deputados) que não se candidatará a nenhum cargo em 2026. Essa declaração ocorreu na capital federal, coincidentemente no período em que JHC se aproximou da família Calheiros. O prefeito passou a receber elogios abertos de Renan Calheiros Pai e o apoio político de Renan Filho, que o classificaram como um grande exemplo de excelência na administração pública alagoana. A validade dessa promessa de não-candidatura é agora questionada no ambiente político.

Governo de Alagoas atrasa pagamento de Hospital e tratamento contra o câncer pode ser afetado

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23.10.25

Hospital Chama

O Ministério Público Federal (MPF) em Alagoas expediu uma recomendação urgente ao governador Paulo Dantas (MDB) e ao secretário estadual de Saúde, Gustavo Pontes de Miranda, com o objetivo de forçar a imediata regularização dos repasses financeiros ao Complexo Hospitalar Manoel André Ltda, conhecido como Hospital Chama.

A unidade de saúde, que atua como Centro de Alta Complexidade em Oncologia (Unacon), tem lidado com o atraso crônico no recebimento de verbas complementares, cruciais para a continuidade do tratamento oncológico via Sistema Único de Saúde (SUS).

A procuradora da República Niedja Kaspary, responsável pela recomendação, apontou que a omissão do Estado está causando graves prejuízos operacionais ao hospital. Entre os problemas relatados estão a evasão de profissionais, a paralisação parcial das atividades, a interrupção de protocolos de quimioterapia e o atraso no começo de novos tratamentos.

Kaspary enfatizou a urgência da situação: “O Hospital Chama tem um custo fixo elevado, e o descumprimento dos repasses pela Secretaria de Estado da Saúde coloca em risco direto a continuidade dos atendimentos oncológicos. A falta de tratamento pode custar vidas — e, infelizmente, já custou”, declarou a procuradora.

Governo barra convocação do irmão de Lula na CPMI do INSS

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16.10.25

Os aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) obtiveram importantes vitórias na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apura descontos indevidos em benefícios de aposentados e pensionistas do INSS. Em votação realizada nesta quinta-feira (16), o grupo governista barrou a convocação de José Ferreira da Silva, irmão do presidente, e, por acordo, retirou de pauta os requerimentos de quebra de sigilos do ex-ministro da Previdência, Carlos Lupi.

José Ferreira da Silva, mais conhecido como Frei Chico, atua como vice-presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos (Sindnapi), uma das instituições sob investigação pela comissão. Ele é um dos principais alvos da oposição, que busca vincular a gestão federal ao escândalo por meio do familiar do chefe do Executivo. O pedido para convocá-lo foi rejeitado por ampla maioria: 19 votos contrários contra 11 a favor.

O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), tentou, sem sucesso, retirar o requerimento de convocação da pauta, antecipando que seria derrotado.

Acordo Protege Ex-Ministro Lupi

As quebras de sigilos – telefônico, telemático (referente a comunicações), bancário e fiscal – de Carlos Lupi, atual presidente do PDT e ex-ministro de Lula, foram retiradas da pauta sem deliberação. O acordo também envolveu a suspensão da elaboração de um relatório detalhado sobre as transações financeiras do político.

O consenso foi negociado antes da reunião entre o representante do governo, deputado Paulo Pimenta (PT-RS), e o líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), com a mediação de Carlos Viana (Podemos-MG), presidente da CPI.

Aprovação de Relatório do Coaf e Punição a Aliada

Em outra votação, os aliados de Lula aprovaram um requerimento que solicita ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) um relatório sobre as transações financeiras do advogado Eli Cohen no período de 2015 a 2025. Cohen foi um dos primeiros a expor as irregularidades nos benefícios previdenciários e já depôs no colegiado. O pedido foi aprovado por 21 votos a 10.

Nesta votação, o deputado Sóstenes Cavalcante votou com a base governista, em um movimento de pressão. "Você vai votar com a gente em todas?", perguntou o governista Alencar Santana (PT-SP) ao opositor. "Vou, e se vocês não votarem comigo nos outros, vão ser expostos", respondeu o bolsonarista.

Nos bastidores, membros do governo alegam que Cohen possui laços com a oposição. Conforme revelado pela Folha de S.Paulo na véspera (15), o advogado admitiu em um áudio ter recebido orientações do marqueteiro do PL, Duda Lima, sobre como se comportar no seu depoimento. O advogado se defende, afirmando ser vítima de uma "destruição de caráter" por ter revelado as irregularidades.

O governo também conseguiu rejeitar, por 19 votos a 11, os requerimentos que pediam a quebra de sigilo da publicitária Danielle Miranda Fontelles. Ela já trabalhou em campanhas do PT e, de acordo com documentos em posse da CPI, recebeu R$ 5 milhões de Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como "Careca do INSS", figura central no escândalo de descontos em aposentadorias. A defesa de Careca nega qualquer ilegalidade.

Reorganização da Base Governamental

As votações favoráveis desta quinta-feira reforçam a reorganização da base de apoio a Lula no Congresso. Após o revés inicial, quando a oposição conseguiu eleger o senador Carlos Viana (Podemos-MG) para a presidência e o deputado Alfredo Gaspar (União-AL) como relator – frustrando os planos do Planalto, que apoiava Omar Aziz (PSD-AM) e Ricardo Ayres (Republicanos-TO), respectivamente – os aliados do governo recuperaram a maioria dos votos na comissão.

As deliberações ocorreram antes do depoimento de Cícero Marcelino, apontado como um operador-chave no esquema de descontos ligado à Confederação Nacional dos Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais (Conafer). Um relatório do Coaf indicou que a Conafer movimentou R$ 796,8 milhões em transações atípicas entre 2022 e 2025. O presidente da entidade, Carlos Roberto Ferreira Lopes, reconheceu à Folha de S.Paulo que houve falhas na atuação, mas garantiu que foram corrigidas e que R$ 170 milhões já foram ressarcidos.

Governador do PT ignora Justiça e abriga réu do Fundeb

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 Jerônimo Rodrigues e José Bonifácio Marques Dourado

O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), protagoniza um movimento questionável que coloca em xeque a ética e a transparência de sua gestão. Ele nomeou o ex-prefeito de Ruy Barbosa, José Bonifácio Marques Dourado (MDB), para um cargo de assessor técnico na Secretaria de Infraestrutura Hídrica e Saneamento, ignorando um fato crucial: Bonifácio é réu em uma ação que investiga fraudes e desvios de verbas do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica).

A nomeação, assinada pelo próprio governador, é um sinal perigoso. O ex-prefeito está sendo investigado pelo MPF no âmbito da Operação Águia de Haia, sob suspeitas de contratos superfaturados e direcionamento de licitações na área da educação, um crime que atinge diretamente o futuro das crianças baianas. Ao acolher um político com este perfil judicial, o governo petista desmoraliza a luta contra a corrupção e menospreza a aplicação correta de recursos vitais.

A pasta que agora abriga o réu é comandada por Larissa Moraes (MDB) e atua sob forte influência de Geddel Vieira Lima (MDB), ele próprio condenado por lavagem de dinheiro. Essa conjuntura reforça a impressão de que a nomeação de Bonifácio não se baseia em mérito ou ficha limpa, mas sim em acordos políticos para acomodar aliados e garantir a governabilidade.

O governador Jerônimo Rodrigues utiliza a máquina pública para proteger um investigado por desviar dinheiro da educação, priorizando a manutenção de alianças em vez da probidade administrativa. Essa atitude é uma ofensa à sociedade, que exige rigor na gestão do dinheiro público. O MPF e a população baiana merecem uma explicação imediata sobre a necessidade de nomear um réu do Fundeb para um cargo no Governo do Estado.

Omissão do Governo de Alagoas Põe em Risco Tratamento de Câncer e Maternidade no Agreste

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Omissão do Governo de Alagoas Põe em Risco Tratamento de Câncer e Maternidade no Agreste

O Ministério Público Federal (MPF) em Alagoas subiu o tom e exigiu, de forma contundente, que o Governo do Estado resolva a crítica situação dos repasses financeiros atrasados ao Hospital CHAMA, em Arapiraca. A intervenção do MPF lança luz sobre uma crise que não apenas ameaça a continuidade do tratamento de cerca de 1.800 pacientes com câncer por mês na 2ª Macrorregião de Saúde (que abrange 47 municípios), mas que, de forma mais grave, já se traduz em prejuízos reais, incluindo interrupção de protocolos, atrasos em diagnósticos e relatos de óbitos.

A unidade, que é referência em oncologia, vive um cenário de instabilidade financeira desde novembro de 2024, quando o Estado começou a descumprir a Portaria SESAU nº 5.910/2023. A norma estabelece que o Estado deve arcar com 70% do valor excedente dos serviços. Embora o Ministério da Saúde tenha ampliado o teto financeiro para a oncologia, o Hospital CHAMA não recebeu o aumento proporcional dos repasses estaduais, acentuando o déficit.

As consequências desse descaso são imediatas e dramáticas: Redução do quadro de médicos e diminuição da carga horária; Sobrecarrega de profissionais, culminando em atrasos e descontinuidade no atendimento oncológico

A procuradora Niedja Kaspary, que conduziu a reunião, não poupou críticas. Ela ressaltou que a falta de repasses "compromete vidas e descumpre a responsabilidade constitucional do Estado de assegurar a continuidade dos serviços de saúde". O MPF se mostra insatisfeito com o descumprimento de um compromisso firmado em julho de 2025, no qual o Estado prometeu quitar as parcelas até setembro, mas não apresentou um cronograma que refletisse a gravidade da situação. Diante da "reiterada omissão", o MPF sinaliza que irá adotar as medidas judiciais cabíveis.

A inércia do Governo não se restringe à oncologia. Os programas Promater (maternidade) e Mais Saúde também sofrem com os atrasos. O caso do Promater é ainda mais alarmante: os repasses estão parados há 22 meses. Essa paralisação forçou o fechamento de 40 leitos de maternidade em Arapiraca, afetando diretamente o atendimento de gestantes dependentes do SUS.

A Sesau (Secretaria de Estado da Saúde) tentou justificar os atrasos com argumentos genéricos, como dificuldades financeiras, bloqueios judiciais e a necessidade de reavaliar a rede em função de novos hospitais estaduais. Contudo, o MPF prontamente desqualificou a alegação, enfatizando que tanto a oncologia quanto os programas sociais estão previstos na Lei Orçamentária e no Plano Estadual de Saúde. A omissão do Estado, portanto, não é meramente burocrática, mas uma grave violação dos direitos constitucionais dos pacientes.

O alerta do MPF é claro: o Estado está negligenciando seu dever primordial de garantir a saúde, deixando pacientes oncológicos em situação de vulnerabilidade e gestantes sem a assistência adequada. A crise de repasses em Alagoas exige uma solução urgente e demonstra como a instabilidade administrativa pode ter um custo irreparável em vidas humanas.

Polêmica em Rio Largo: Vereadores votam contra regra que os obriga a pagar próprias multas de trânsito

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Câmara de Vereadores de Rio Largo

A sessão da Câmara Municipal de Rio Largo, realizada na manhã desta quinta-feira (02 de outubro), foi palco de uma intensa polêmica. A discussão girou em torno do Projeto de Resolução nº 01/2025, proposto pela Mesa Diretora, que visava regulamentar o uso de veículos oficiais da Casa.

O ponto central e mais debatido do projeto era a obrigação de vereadores e servidores arcarem com as próprias multas de trânsito cometidas durante as atividades parlamentares, impedindo que o custo fosse transferido para os cofres públicos (erário). O texto também estabelecia regras claras para uso, manutenção e abastecimento dos carros da Câmara.

Apesar da defesa da Mesa Diretora, que ressaltou a importância da transparência e da proteção do patrimônio público, o projeto foi rejeitado por uma parcela significativa dos parlamentares.

Sete vereadores votaram contra a proposta:

Nadiele Rufino
Ismael Ferreira
Aline Diniz
Dr. Isaque
Carlinhos Reis
Douglas Costa
Jeferson Alexandre

A decisão de não responsabilizar os próprios membros pelo pagamento das infrações gerou revolta em parte da população. Críticos classificaram a posição dos parlamentares como um “absurdo”, especialmente considerando que cada vereador custa, em média, mais de R$ 30 mil por mês ao município.

A votação contrária é vista como uma tentativa de transferir à sociedade o pagamento de infrações pessoais cometidas no exercício da função.

A Favor da Transparência

A Mesa Diretora, que defendeu o projeto (composta por José Rogério da Silva, Rafael Rudson, Douglas Costa e Márcio Soares Cavalcante), buscou garantir que o uso dos veículos oficiais não gerasse ônus indevidos aos cofres públicos.

Os vereadores que se manifestaram a favor do projeto e, consequentemente, da responsabilidade individual sobre as multas foram: @rogerio_sillvars, @luzardovereador, @camillycorreia_, @efrainvercolino, @balasoares_rl e @rafaelfeitosarl.

A rejeição do Projeto de Resolução nº 01/2025 mantém o status quo sobre a responsabilidade das multas de trânsito em veículos oficiais da Câmara. A população agora questiona quais serão as próximas medidas da Mesa Diretora para garantir que o patrimônio e os recursos públicos sejam devidamente protegidos.

Fraude à cota de gênero: vereadores de Porto Calvo podem perder mandatos

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Câmara Municipal de Porto Calvo

A Justiça Eleitoral de Alagoas deve analisar, nos próximos dias, uma ação que pode mudar a configuração da Câmara Municipal de Porto Calvo. O processo investiga uma possível fraude à cota de gênero atribuída ao Partido Liberal (PL) nas eleições de 2024.

De acordo com a denúncia, o PL teria registrado candidaturas femininas fictícias apenas para cumprir a exigência legal que determina ao menos 30% de mulheres na chapa proporcional. O caso já foi incluído duas vezes na pauta do Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas (TRE/AL), mas acabou adiado. A expectativa é que o julgamento ocorra na próxima semana, embora ainda não haja data definida.

Entre as candidatas citadas está Angélica da Silva (PL), suspeita de ter se lançado de forma irregular. Ela obteve apenas um voto, não realizou campanha e apresentou falhas na prestação de contas. Segundo o Ministério Público Eleitoral, Angélica recebeu R$ 15,6 mil do Fundo Especial de Financiamento de Campanha, mas os valores teriam sido transferidos para contas pessoais e de terceiros.

Além dela, outras três candidatas do partido também são alvo da investigação: Edigleide Maria, Ackla Thays e Amara dos Santos. A acusação sustenta que todas teriam sido incluídas apenas para garantir a candidatura masculina da chapa, o que configuraria fraude à cota de gênero.

Caso o TRE/AL confirme a irregularidade, os votos do PL serão anulados. Com isso, os vereadores eleitos David Pedrosa, João Victor Melo e Lamarque Vasconcelos perderiam os mandatos. As cadeiras seriam então redistribuídas para os suplentes Zai e Paulo Lelis, ambos do MDB, e Júnior do Ferro Velho, do União Brasil.

Flávia Cavalcante deixa política para cursar Medicina; pai articula retorno à ALE

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Flávia Cavalcante e Cícero Cavalcante

A deputada estadual Flávia Cavalcante decidiu não concorrer à reeleição no próximo ano. Atualmente cursando Medicina, ela optou por se dedicar integralmente aos estudos, deixando de lado, ao menos por enquanto, a trajetória política.

A saída de Flávia, porém, não significa que a família Cavalcante ficará sem voz na Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE). Seu pai, o ex-prefeito e ex-deputado estadual Cícero Cavalcante, já articula sua candidatura para tentar assumir a cadeira que hoje pertence à filha.

Figura de grande influência no Litoral Norte de Alagoas, Cícero mantém como principais redutos eleitorais os municípios de Matriz do Camaragibe e São Luiz do Quitunde, atualmente governados por dois de seus filhos. Esse cenário fortalece sua base política e amplia o alcance de sua campanha.

O retorno de Cícero ao Parlamento estadual também ganhou impulso com a chamada “solução Fux”, que preservou as regras eleitorais em vigor, reduzindo riscos de alterações que poderiam atrapalhar sua estratégia.

Na tenda de Arthur Lira, Lula e Bolsonaro estão juntos

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Na tenda de Arthur Lira, Lula e Bolsonaro estão juntos

O deputado federal Arthur Lira (PP) tem adotado uma postura política calculada, transitando entre dois campos opostos do cenário nacional: o bolsonarismo e o lulismo. A estratégia busca preservar seus interesses pessoais e partidários em meio ao atual abalo político que atingiu Brasília e provocou fissuras na federação União Progressista. Apesar do anúncio de que a sigla deixaria a base de apoio ao governo Lula (PT), o movimento não se reflete de forma uniforme nos estados, onde prevalecem arranjos locais e alianças particulares.

Essa duplicidade de posicionamento evidencia a habilidade de Lira em se manter como peça-chave no tabuleiro político. De um lado, ele evita um rompimento definitivo com o governo federal, preservando a possibilidade de negociações futuras e mantendo canais abertos com o Planalto. De outro, busca não perder espaço junto ao eleitorado conservador, majoritariamente vinculado ao ex-presidente Jair Bolsonaro, que segue influente em várias regiões do país.

Paralelamente, Lira também enfrenta o desafio de definir sua relação político-eleitoral com o prefeito de Maceió, JHC (PL). Embora ambos compartilhem vínculos partidários e baseem suas carreiras em Alagoas, há um distanciamento evidente entre o atual chefe do Executivo municipal e o ex-presidente da Câmara dos Deputados. A tentativa de Lira de deixar clara essa dinâmica faz parte de uma estratégia maior, na qual busca consolidar seu espaço sem comprometer alianças locais que podem ser decisivas em futuros pleitos.

Escândalo em Pilar: Denúncia Liga Servidor da Imprensa Oficial a Ataques Políticos de Ex-Candidata

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Renato Filho e Thais Canuto
O cenário político de Pilar (AL) está agitado devido a denúncias graves que ligam a ex-candidata à prefeitura, Thais Canuto, à estrutura da Imprensa Oficial de Alagoas. A apuração indica que Thais, que perdeu a eleição para a atual prefeita Fátima Resende — tia e afilhada política de Renato Filho —, estaria mobilizando a máquina pública para orquestrar ataques contra o grupo governista da cidade.

As acusações detalham que Enaldo Junior, um assessor político de confiança da ex-candidata, tem se dedicado a difamar Renato Filho por meio de redes sociais e grupos de WhatsApp. O ponto central da controvérsia é a origem desse apoio: Enaldo estaria recebendo suporte direto de Hugo Sousa, que é servidor e gestor contratual da Imprensa Oficial.

Vínculo Familiar Levanta Suspeita de Desvio de Função

A situação se torna mais delicada devido ao vínculo de Hugo Sousa com a diretoria do órgão: ele é subordinado a Mauricio Bugarim, que é o diretor-presidente da Imprensa Oficial e, notavelmente, marido de Thais Canuto.

A suspeita levantada por fontes políticas é que a estrutura pública do órgão estaria sendo desviada de sua função para atender a interesses particulares e eleitorais da ex-candidata.

Alvo das publicações ofensivas, Renato Filho já recorreu à Justiça para se defender das acusações de difamação.

Nos bastidores, essa movimentação é vista como um "ensaio" do grupo de Thais Canuto para as eleições de 2026. Se as denúncias forem confirmadas, as manobras podem ir além do campo político, configurando irregularidades administrativas, o que colocaria Mauricio Bugarim sob pressão por uma aparente utilização da estrutura da Imprensa Oficial em benefício de sua esposa.

MP de Alagoas Investiga Suspeita de Pagamentos Indevidos a 11 Vereadores de Taquarana

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Prefeitura de Taquarana

O Ministério Público do Estado de Alagoas (MPAL) instaurou um procedimento administrativo para apurar denúncias de pagamentos supostamente indevidos a 11 vereadores no município de Taquarana. A decisão de converter a notícia de fato em procedimento formal foi publicada no Diário Oficial do órgão nesta quarta-feira (24).

A investigação do MPAL detalha valores que variam desde duplicidade de salários até quantias expressivas, como R$ 90 mil, e mira tanto a Câmara Municipal quanto a Prefeitura da cidade.

Irregularidades na Câmara Municipal

As denúncias apontam pagamentos elevados para três vereadores específicos:

João Sebastião de Oliveira é investigado por ter recebido, segundo a denúncia, R$ 54 mil em janeiro de 2024 e R$ 90 mil em janeiro de 2025.

Selmo Cícero da Silva também teria recebido R$ 90 mil em janeiro de 2024.

A vereadora Maria Gabriela Ricardo Gabriel da Silva é citada por um suposto pagamento duplicado de salário em janeiro de 2025, totalizando R$ 9 mil a mais. No entanto, a Câmara Municipal já informou previamente à Promotoria que essa duplicidade se deu por um erro no portal da transparência, e não no pagamento em si.

Pagamentos Suspeitos do Executivo Municipal

O procedimento administrativo também se concentra em uma alegada "duplicação de salário" vinda diretamente da Prefeitura desde 2023, envolvendo os 11 vereadores sob investigação. A maioria desses pagamentos teria sido efetuada em 2024 e nos primeiros meses de 2025.

O vereador Erisval João de Souza aparece com os maiores valores recebidos em 2024, que incluem pagamentos de R$ 34.446,53, R$ 30.000 e R$ 20.000. Outros parlamentares, como Selmo Cícero da Silva, Stefany Pereira de Oliveira Higino, e Reginaldo Galdino da Silva, são listados como supostos beneficiários de quantias significativas em 2025.

Disputa entre Lira e Renan atrasa isenção do IR até R$ 5 mil

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Renan Calheiros e Arthur Lira

O projeto de lei que isenta o Imposto de Renda (IR) para brasileiros com rendimentos de até R$ 5 mil está parado na Câmara dos Deputados, em um impasse que intriga o meio político. A proposta, que cumpre uma promessa de campanha do presidente Lula, também prevê um desconto no pagamento do IR para quem recebe entre R$ 5 mil e R$ 7 mil.

A medida é de grande alcance, com potencial para beneficiar mais de 10 milhões de contribuintes individuais e um número ainda maior de famílias. Dada a sua popularidade, a aprovação seria uma vitória fácil para qualquer parlamentar. No entanto, sua tramitação, que deveria ser célere, está inexplicavelmente emperrada.

O deputado federal Arthur Lira (AL), o relator escolhido para o projeto, recebeu a matéria em março, mas, passados seis meses, o relatório ainda não havia sido levado à votação. Para que a isenção possa vigorar a partir de 2026, a aprovação final precisa ocorrer ainda neste ano.

Jogo de Poder e Aceleração Repentina

A demora do relator – conhecido por sua astúcia política – levantou suspeitas de que estaria usando o projeto como ferramenta de negociação. A situação ganhou um novo capítulo quando o senador Renan Calheiros aproveitou a inércia na Câmara para articular a aprovação de uma proposta paralela, sobre o mesmo tema, na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado.

Esse movimento colocou Lira sob pressão e o fez reagir imediatamente: temendo ser ultrapassado pelo rival, ele anunciou que seu relatório está pronto para ser votado.

Tradicionalmente, o relator na Câmara incorporaria o texto aprovado pelo Senado à proposta original do governo. Contudo, Lira sinalizou que não fará isso, numa clara recusa em dar "vitrine" a Renan Calheiros. Apesar disso, a manobra do senador já garantiu destaque em um tema de extrema relevância.

A situação revela, no cerne da política nacional, que os interesses pessoais e as rivalidades internas têm se sobreposto às urgências e demandas do país. Como observou o jornalista Ricardo Kotscho, o episódio é um sintoma de que a Câmara Federal, por vezes, se comporta como uma "grande Câmara de Vereadores," onde o interesse paroquial dita a pauta.

O fato é que o atraso tem feito milhões de contribuintes de "besta" no clássico jogo político. A expectativa, agora, é que o projeto seja aprovado sem mais delongas, dado que o relatório de Lira estaria finalizado.

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