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“Síndrome do Fim de Ano”: aumento de ansiedade e depressão acende alerta

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Homem pensativo | Reprodução

Com o avanço de dezembro, profissionais de saúde mental em todo o país observam um aumento significativo e recorrente em crises de ansiedade e depressão. Esse fenômeno, batizado no meio clínico como “Síndrome do Fim de Ano”, afeta tanto pacientes já em tratamento quanto indivíduos que não possuem histórico prévio de transtornos.

O pico desses quadros emocionais ocorre, tipicamente, entre o Natal e o início de janeiro, um período que motiva intensos balanços pessoais, confrontos com metas não cumpridas e o peso de expectativas frustradas.

O médico Vicente Beraldi Freitas, consultor em saúde da Moema Assessoria em Medicina e Segurança do Trabalho, explica a dinâmica: “É natural que surjam sentimentos conflitantes. Enquanto alguns se sentem realizados, outros enfrentam frustrações pessoais ou profissionais, o que pode desencadear problemas emocionais”, afirma o especialista.

Várias condições contribuem para o agravamento das crises, incluindo:

Rupturas familiares;
Dificuldades financeiras;
Luto recente;
Pressões no ambiente profissional.

A esse contexto se soma a influência das redes sociais, que frequentemente impõem padrões de felicidade e sucesso irrealistas. Para pessoas com fragilidades emocionais preexistentes, este contraste entre a realidade e o virtual pode intensificar o sofrimento.

Preocupação com Jovens e o Estilo de Vida Moderno

Freitas destaca que o crescimento de casos entre jovens é particularmente alarmante. Ele menciona que o agravamento dos quadros de ansiedade já impactou diretamente a vida profissional, citando demissões motivadas pela piora das condições emocionais.

Os transtornos de ansiedade manifestam-se por meio de preocupações excessivas com cenários negativos e podem gerar sintomas físicos como falta de ar, sudorese e arritmias cardíacas.

O especialista pondera que a pandemia serviu como um gatilho que ampliou tanto a ansiedade quanto a depressão, atingindo mais severamente quem possui menor flexibilidade emocional. Além disso, o estilo de vida moderno, excessivamente focado na virtualidade, é criticado por intensificar o distanciamento de experiências reais e criar expectativas irreais de sucesso.

Prevenção e Suporte no RH

Diante desse panorama, o alerta fundamental é para que famílias, profissionais e empresas estejam atentos aos sinais precoces. Buscar ajuda médica e psicológica é crucial, e o tempo, segundo Freitas, é um “fator determinante” na evolução do quadro clínico.

No ambiente corporativo, ações preventivas têm se mostrado eficazes, como a implementação de programas de bem-estar, grupos de apoio e treinamentos para gestão de conflitos.

A empresa Confirp Contabilidade adota tais políticas. Segundo Rose Damélio, gerente de Recursos Humanos, a estratégia é de suporte constante aos colaboradores. “O RH presta suporte desde a admissão. Quando identificamos um possível problema, aprofundamos o acompanhamento para evitar agravamentos”, explica Damélio.

Apesar da complexidade desses transtornos, os especialistas reforçam que tanto empresas quanto famílias desempenham um papel decisivo no suporte e na prevenção. A atenção e o cuidado podem promover ambientes mais saudáveis, produtivos e acolhedores, especialmente neste período em que a vulnerabilidade emocional se torna mais explícita.

Beber café todos os dias pode desacelerar o envelhecimento, diz estudo

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Beber café todos os dias pode desacelerar o envelhecimento, diz estudo | Reprodução

Conhecido por otimizar a concentração e o desempenho físico, além de possuir ação anti-inflamatória devido às suas propriedades antioxidantes, o consumo moderado de café ganhou um novo e notável benefício. Um estudo recente indicou que ingerir um máximo de três a quatro xícaras de café por dia pode desacelerar o envelhecimento biológico em indivíduos diagnosticados com doenças mentais graves.

Publicado no final de novembro na revista especializada BMJ Mental Health, o trabalho científico aponta que a ingestão de café resultou no alongamento dos telômeros, que servem como um importante indicador de envelhecimento celular. Em comparação com os participantes que não bebiam café, o consumo conferiu o equivalente a 5 anos biológicos extras aos indivíduos analisados.

Os telômeros estão localizados nas extremidades dos cromossomos, funcionando de maneira análoga às pontas plásticas dos cadarços. O processo natural de envelhecimento provoca o encurtamento dessas estruturas, um processo que pode ser acelerado por fatores como transtornos psiquiátricos graves, incluindo psicose, esquizofrenia e transtorno bipolar.

Os pesquisadores buscaram entender se o consumo de café poderia influenciar a taxa de encurtamento dos telômeros em pessoas com essas condições. Para isso, foram analisados 436 adultos recrutados entre 2007 e 2018 para o estudo norueguês sobre psicose organizado tematicamente (TOP). Desse total, 259 tinham esquizofrenia e os 177 restantes possuíam transtornos afetivos (incluindo transtorno bipolar e transtorno depressivo maior com psicose).

Os participantes foram categorizados com base no consumo diário de café:

Zero xícaras (44 participantes);
1–2 xícaras;
3–4 xícaras (110 participantes);
5 ou mais xícaras.

Também foi coletada informação sobre o hábito de fumar e o tempo de uso, quando aplicável.

Resultados e Descobertas Chave

O estudo revelou que os participantes que consumiam 5 ou mais xícaras de café por dia eram, em média, significativamente mais velhos do que aqueles que não bebiam ou consumiam apenas 1 ou 2 xícaras. Além disso, os indivíduos com esquizofrenia apresentaram um consumo significativamente maior de café em comparação com aqueles com transtorno afetivo.

Para medir o impacto, os cientistas mediram o comprimento dos telômeros em glóbulos brancos (leucócitos) obtidos de amostras de sangue. Os resultados mostraram que o consumo de até 3 a 4 xícaras diariamente estava associado a telômeros mais longos, mas essa correlação não foi observada naqueles que bebiam 5 ou mais xícaras.

De maneira notável, os participantes que consumiam o equivalente a 4 xícaras de cafeína por dia apresentaram comprimentos de telômeros que se comparavam a uma idade biológica 5 anos menor do que os não consumidores da bebida.

Vereador denuncia ao vivo ter recebido R$ 100 mil em propina para votar na eleição da Mesa Diretora

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Vereador denuncia ao vivo ter recebido R$ 100 mil em propina para votar na eleição da Mesa Diretora

Um escândalo de corrupção abalou a Câmara Municipal de Mercês, na Zona da Mata mineira, após um vereador fazer uma denúncia ao vivo sobre a compra de votos para a eleição da nova Mesa Diretora. O caso resultou na imediata abertura de um inquérito conjunto pela Polícia Civil e pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG).

Os Fatos Centrais e a Denúncia

O vereador Marcelio Estevam Teixeira, conhecido politicamente como Marcelo Moto Som (do partido Mobiliza), utilizou a tribuna do plenário para declarar ter recebido a quantia de R$ 100 mil em espécie. Segundo ele, o dinheiro foi uma oferta do empresário e proprietário de um posto de combustíveis local, Calixto Domingos Neto, com o objetivo de garantir seu voto no candidato José Ivanio de Oliveira (PSD).

Durante a sessão, realizada na última terça-feira (2), as imagens oficiais registraram o momento em que o vereador retirou uma grande soma de dinheiro de uma bolsa, alegadamente o montante usado para suborná-lo na votação. A Polícia Militar foi acionada, apreendeu a quantia e formalizou a ocorrência, que agora é tratada como um potencial crime de corrupção.

Contexto Político e Consequências

O incidente ganha uma dimensão política ainda maior porque o novo presidente eleito da Câmara está previsto para assumir, de forma interina, o cargo de Prefeito da cidade. Isso se deve ao fato de o prefeito eleito, Donizete Calixto (Mobiliza), não ter podido tomar posse.

Foi a atual presidente da Casa, Rosimeire das Mercês Costa (do partido Avante), quem solicitou a intervenção da Polícia Militar logo após tomar conhecimento da grave acusação.

A defesa do vereador Marcelio Estevam Teixeira declarou que o episódio está devidamente registrado e será integralmente esclarecido ao longo das investigações. Por outro lado, o empresário Calixto Domingos Neto, apontado como o autor da suposta oferta de dinheiro, foi procurado pela imprensa, mas não se manifestou sobre as alegações. As autoridades seguem empenhadas na apuração de todos os detalhes para determinar as devidas responsabilidades.

Mesada de R$ 300 mil para o filho do presidente Lula

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Lulinha e Careca do INSS

As revelações entregues à CPMI do INSS reacenderam um velho fantasma que jamais abandonou a política brasileira: a suspeita constante, quase cíclica, de que interesses privados se entrelaçam com o poder público de forma obscura.
Segundo depoimento obtido pela Polícia Federal e compartilhado com parlamentares, o empresário Fábio Luiz Lula da Silva, o Lulinha, teria recebido — em tese — uma mesada de cerca de R$ 300 mil paga por Antônio Carlos Camilo Antunes, apelidado de “Careca do INSS”.

O relato, apresentado por Edson Claro, ex-funcionário de Antunes, inclui ainda a menção a um suposto pagamento de R$ 25 milhões, cuja moeda sequer foi especificada. As informações, divulgadas pela repórter Mariana Haubert, já circulam entre membros da CPMI e devem pautar os debates desta quinta-feira.

Como agravante para o enredo político, o depoente afirma que Lulinha teria viajado com Antunes — algo que, caso confirmado, adicionaria novas camadas de complexidade ao quadro. Paralelamente, o filho do presidente encontra-se morando em Madri, com previsão de retorno apenas após o término do mandato do pai.

Até o momento, tudo está em fase de apuração. Não há conclusões, decisões judiciais ou comprovações definitivas. Mas, no Brasil, o impacto político não espera o fim das investigações para se instalar.

O que mais chama atenção nesse episódio não é apenas o conteúdo das alegações, mas o ambiente em que surgem.

O Brasil atravessa um momento em que a geopolítica pressiona, exige posicionamentos firmes e cobra coerência. Em um mundo polarizado, onde guerras, blocos econômicos e disputas estratégicas moldam a realidade, a estabilidade interna é peça-chave.

E, paradoxalmente, é justamente o que o país não tem.

Escândalos — confirmados ou apenas insinuados — tornam-se munição em uma guerra narrativa diária. A oposição usa, o governo reage, as redes amplificam.
Enquanto isso, problemas centrais da geopolítica nacional continuam relegados a segundo plano

Mãe dos gêmeos mortos em incêndio no Rio é presa por abandono de incapaz

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Mãe dos gêmeos mortos em incêndio no Rio é presa por abandono de incapaz

A fatalidade que vitimou os gêmeos de um ano, Liam e Noah, em um incêndio ocorrido nesta terça-feira, 19 de novembro, em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio, resultou na prisão da mãe das crianças, Ester da Silva Simões. A Polícia Civil a autuou em flagrante pelo delito de abandono de incapaz. Durante seu depoimento na delegacia, Ester optou por permanecer em silêncio.

O delegado Rodrigo da Silva, titular da 35ª DP (Campo Grande), informou que, no momento em que o fogo começou, os bebês estavam sozinhos na residência.

Ainda durante as diligências, o pai das crianças manifestou extrema revolta ao ser informado da detenção de Ester, chegando a se descontrolar e causar danos em uma seção da unidade policial, sendo rapidamente contido pelos agentes. Ele pagou fiança e terá o direito de responder ao processo em liberdade.

Os corpos das vítimas foram levados para o IML (Instituto Médico-Legal), localizado no Centro. As primeiras apurações sugerem que as chamas tiveram início na cozinha e se propagaram velozmente até o quarto onde os gêmeos se encontravam. O Corpo de Bombeiros foi acionado para combater o fogo e, ao chegar ao local, infelizmente, constatou que as crianças já estavam sem vida.

Equipes dos Bombeiros controlaram o incêndio, e o rabecão procedeu à remoção dos corpos. A Polícia Civil continua as investigações para total esclarecimento do ocorrido, buscando ativamente imagens de câmeras de segurança. Gravações já analisadas mostram o instante em que Ester retorna e se depara com o incêndio em andamento.

PF indicia ex-ministro Silvio Almeida por importunação sexual

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Ex-ministro dos Direitos Humanos Silvio Almeida | (Foto: Antônio Cruz / Agência Brasil)

A Polícia Federal (PF) indiciou, nesta sexta-feira (14), o ex-ministro dos Direitos Humanos Silvio Almeida pelo crime de importunação sexual. O indiciamento marca a conclusão da etapa de investigação, aberta após denúncias de assédio virem a público em 2024. O caso, que tramita sob sigilo no Supremo Tribunal Federal (STF), foi enviado à Procuradoria-Geral da República (PGR), responsável por decidir se apresenta denúncia, solicita novas diligências ou pede o arquivamento do inquérito.

A apuração no STF está sob relatoria do ministro André Mendonça. A análise final do material reunido pela PF caberá ao procurador-geral da República, Paulo Gonet. De acordo com o Código Penal, importunação sexual consiste na prática de ato libidinoso sem consentimento, com pena prevista de um a cinco anos de prisão.

As acusações contra Silvio Almeida tornaram-se públicas em setembro de 2024, após a divulgação de uma reportagem com relatos recebidos pelo movimento Me Too, organização voltada ao acolhimento de vítimas de violência sexual. Na ocasião, o grupo afirmou que diversas mulheres haviam buscado seus canais para relatar comportamentos atribuídos ao então ministro.

A repercussão dos relatos levou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a exonerar Almeida em 6 de setembro daquele ano. A partir disso, a PF passou a investigar formalmente o caso.

Depoimento de Anielle Franco

Entre as testemunhas ouvidas está a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco. Ela prestou depoimento à PF em outubro de 2024 e, em entrevista à revista Veja, confirmou ser uma das vítimas, dizendo que não havia denunciado antes por receio de não ter sua versão levada em conta.

Em seu relato, Anielle afirmou que os episódios de importunação ocorreram ainda no período de transição governamental, em 2022. A revista Piauí detalhou uma das situações investigadas, que teria acontecido em dezembro daquele ano e envolveria contato físico e comentários de conotação sexual.

Outras mulheres também foram ouvidas, mas seus nomes permanecem sob sigilo.

Posicionamento de Silvio Almeida

Até a manhã deste sábado (15), Silvio Almeida não havia se manifestado publicamente sobre o indiciamento. Nos últimos meses, ele negou todas as acusações, alegando sofrer perseguição política e ataques motivados por racismo. Em entrevista ao Portal UOL, em fevereiro deste ano, o ex-ministro afirmou ter tido pouco contato com Anielle Franco e rejeitou qualquer comportamento inadequado.

Ao retomar suas atividades profissionais no início do ano, Almeida afirmou, em seu canal no YouTube, estar sendo alvo de uma tentativa de “apagamento” e criticou o movimento Me Too, que, segundo ele, teria motivações políticas para prejudicá-lo. Classificou os relatos como “mentiras e falsidades”.

Em março, a ministra Cármen Lúcia, do STF, solicitou explicações a Almeida sobre suas declarações contra o Me Too Brasil, movimento que o acusa de difamação.

Próximos passos

Com o indiciamento concluído, o processo aguarda agora a manifestação da PGR, que poderá denunciar o ex-ministro ao STF, pedir novas apurações ou arquivar o inquérito, caso considere insuficientes os elementos apresentados.

Paralelamente, Silvio Almeida também foi alvo de procedimentos na Comissão de Ética da Presidência da República. Em 2024, duas novas denúncias foram protocoladas — ambas sem ligação com assédio sexual — e uma delas acabou arquivada no fim do ano.

Tornado destrói 90% de cidade no Paraná e causa seis mortes

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Ao menos cinco pessoas morreram - Reprodução

A cidade de Rio Bonito do Iguaçu, localizada na região Centro-Sul do Paraná, amanheceu em escombros após a passagem de um tornado de categoria F3 na noite da última sexta-feira (7). Imagens aéreas revelam o cenário de catástrofe, mostrando bairros inteiros que foram varridos pela força dos ventos.

Balanço da Tragédia

Os números oficiais divulgados pela Defesa Civil do estado são alarmantes:

  • 90% da área urbana da cidade foi afetada e sofreu danos em sua infraestrutura.

  • O saldo de vítimas é trágico, com o registro de seis óbitos e duas pessoas ainda desaparecidas.

  • O total de feridos atinge a marca de 432 pessoas.

O Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar) classificou a tempestade como um tornado F3, cujos ventos atingiram velocidades impressionantes de até 250 quilômetros por hora. O Simepar ainda está investigando a intensidade exata do fenômeno que causou tanta destruição na cidade.

Resposta do Governo e Contexto Histórico

Diante do quadro de destruição, o governador do Paraná, Ratinho Junior, declarou que está analisando a possibilidade de decretar estado de emergência. A medida visa agilizar os processos de reconstrução nas áreas atingidas.

O governador descreveu a situação crítica: “Em Rio Bonito do Iguaçu, praticamente as pessoas hoje não [têm] aonde dormir mais. Nós já estamos preparando desde ontem à noite alojamentos”.

Ratinho Junior ressaltou a natureza sem precedentes do evento, mencionando que, nos últimos 30 ou 40 anos, não se via um tornado com tamanha potência no estado. Ele detalhou o nível da catástrofe: “Difícil realmente alguma casa, até mesmo algum prédio comercial, fiquem de pé. Nós vimos aí muitas vezes silos gigantescos indo ao chão, postos de gasolina. Foi uma catástrofe sem muito precedente na história do estado do Paraná”.

Logística e Atendimento às Vítimas

Equipes do governo federal foram mobilizadas e enviadas ao local para prestar assistência às vítimas e planejar a recuperação das áreas atingidas. A tempestade causou o colapso de estruturas, danificou a malha viária e comprometeu a rede elétrica, deixando uma parte significativa da população sem energia.

O atendimento aos feridos sobrecarregou o hospital de Laranjeiras do Sul, município vizinho a Rio Bonito do Iguaçu, que chegou a receber mais de 200 pessoas. Desse total, nove pacientes estão em estado grave.

Operação contra o CV tem ao menos 20 mortos e 80 feridos no Rio de Janeiro

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28.10.25

Megaoperação no Rio tem 60 mortos e 81 presos - Eduardo Anizelli / Folhapress

O Governo do Rio de Janeiro deflagrou, nesta terça-feira (28), a "Operação Contenção", uma ampla investida das forças de segurança estaduais para combater a expansão territorial da facção criminosa Comando Vermelho.

O governador Cláudio Castro (PL) confirmou o trágico balanço inicial da operação: ao menos 20 suspeitos morreram em confrontos com as forças policiais. A ação também resultou na morte de dois policiais civis. Além disso, aproximadamente 80 pessoas foram detidas.

A operação mobiliza policiais civis e militares nos Complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte da capital fluminense. O objetivo é cumprir mandados de busca e apreensão e capturar importantes lideranças criminosas, tanto do Rio quanto de outras unidades da federação. Os Complexos do Alemão e da Penha abrangem um total de 26 comunidades.

No início da manhã, logo na entrada das equipes, houve as primeiras apreensões na Rua Uranos: dois homens foram presos e um fuzil foi retirado de circulação. No decorrer da ação, um total de 31 fuzis já foram apreendidos. As forças policiais buscam cumprir 69 mandados de prisão em 180 endereços. Entre os detidos, 56 são criminosos. Seis pessoas foram feridas por disparos, sendo três delas civis inocentes, incluindo uma mulher atingida dentro de uma academia.

O governador Cláudio Castro fez um pronunciamento sobre a situação, enfatizando a gravidade do cenário: "Essa operação de hoje tem muito pouco a ver com segurança pública. É um estado de defesa. Não é mais só responsabilidade do estado, excede as nossas competências. Já era pra ter um trabalho de integração com as forças federais. O Rio está sozinho," declarou o governador.

Uso de Internet por Jovens na Escola Despenca em 2025, Aponta Pesquisa NIC.br

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22.10.25

Uma das causas é a lei que restringe celulares em colégios - Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

O estudo Tic Kids Online Brasil 2025, divulgado hoje (22) em São Paulo, revela uma queda acentuada no uso de internet por crianças e adolescentes em ambiente escolar. A pesquisa indica que a proporção de usuários na faixa etária de 9 a 17 anos que acessa a rede nas escolas recuou de 51% no ano anterior para apenas 37% este ano.

Luísa Adib, coordenadora da pesquisa, sugere que um dos principais catalisadores desse declínio é a legislação que restringiu o uso de celulares nas escolas, aprovada no início de 2025. "A coleta da pesquisa começou em março, quando a restrição de celular já estava implementada. Portanto, podemos traçar uma relação entre essa medida e a queda no acesso à internet na escola", explicou à Agência Brasil.

No entanto, Adib ressalta que a redução não se deve apenas à regulamentação. Ela aponta que o intenso debate político focado na proteção de crianças e adolescentes no ambiente digital também influencia o comportamento. "Já observamos uma queda [no uso] das redes sociais, e o Estatuto da Criança e do Adolescente digital nem está em vigor. Uma parte [da queda] pode ser explicada pela regulamentação, como a das escolas, que já ocorreu, mas também pelo debate político mais amplo", opinou.

Acesso Estável, Mas Mudança no Comportamento

Realizado pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br) do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br), ligado ao Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), o estudo aponta que o número geral de crianças e adolescentes conectados mantém-se estável.

Cerca de 92% dos jovens entre 9 e 17 anos em todo o país são usuários de internet, uma taxa apenas ligeiramente abaixo dos 93% de 2024 e dos 95% de 2023. Em números absolutos, isso representa cerca de 24,6 milhões de pessoas nessa faixa etária acessando a rede nos últimos três meses.

A estabilidade no acesso total contrasta com mudanças nas práticas de uso: "Começamos a notar uma queda no acesso à internet na escola e uma redução no uso de redes sociais para as faixas etárias mais jovens, retomando níveis semelhantes aos pré-pandemia", detalhou Luísa Adib.

Dispositivos e Atividades Chave

O celular continua sendo o dispositivo dominante de acesso, citado por 96% dos entrevistados, seguido pela televisão (74%), computador (30%) e videogame (16%).

O principal local de conexão é a casa, de onde 84% dos usuários acessam a internet várias vezes ao dia. Nas escolas, apenas 12% acessam várias vezes ao dia, com 13% acessando semanalmente e 9%, mensalmente.

As atividades online mais comuns incluem pesquisas escolares (81%), pesquisas sobre temas de interesse (70%), consumo de notícias em texto ou vídeo (48%) e busca por informações sobre saúde (31%).

Preocupação com Influenciadores e Riscos

O estudo levanta um alerta sobre o crescente engajamento com criadores de conteúdo: quase metade (46%) das crianças e adolescentes acessam a internet várias vezes ao dia para consumir vídeos feitos por influenciadores digitais.

"Nós não questionamos o conteúdo exato, mas sabemos que existe um módulo de consumo, com pessoas divulgando produtos, visitando lojas pela primeira vez, e até mesmo divulgando jogos de apostas, em proporções superiores a 50% para todos esses tipos de conteúdo. Isso indica que uma parte [do conteúdo] pode ser potencialmente danosa", alertou a coordenadora.

Curiosamente, o número de jovens que nunca acessaram a internet também subiu, passando de 492.393 em 2024 para 710.343 em 2025.

Mediação Parental Ativa é Essencial

Luísa Adib reforça a importância da atenção dos pais, destacando que a mediação ativa é a mais eficaz. "Quando há diálogo e acompanhamento das práticas que a criança realiza, isso tende a ter resultados mais efetivos", observou.

A coordenadora finalizou lembrando que a mediação deve ser um esforço conjunto. Embora o ECA Digital preveja que as plataformas também façam sua parte na proteção dos jovens, nenhuma estratégia isolada funcionará. "Se o responsável usa um recurso técnico [das plataformas], isso só terá efeito se estiver alinhado a uma mediação ativa, através de diálogo, monitoramento e acompanhamento", concluiu.

A pesquisa ouviu 2.370 crianças e adolescentes e 2.370 pais e responsáveis em todo o país, sendo realizada entre março e setembro deste ano. O Tic Kids Online Brasil é um levantamento anual feito desde 2012 (exceto em 2020).

Governo barra convocação do irmão de Lula na CPMI do INSS

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16.10.25

Os aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) obtiveram importantes vitórias na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apura descontos indevidos em benefícios de aposentados e pensionistas do INSS. Em votação realizada nesta quinta-feira (16), o grupo governista barrou a convocação de José Ferreira da Silva, irmão do presidente, e, por acordo, retirou de pauta os requerimentos de quebra de sigilos do ex-ministro da Previdência, Carlos Lupi.

José Ferreira da Silva, mais conhecido como Frei Chico, atua como vice-presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos (Sindnapi), uma das instituições sob investigação pela comissão. Ele é um dos principais alvos da oposição, que busca vincular a gestão federal ao escândalo por meio do familiar do chefe do Executivo. O pedido para convocá-lo foi rejeitado por ampla maioria: 19 votos contrários contra 11 a favor.

O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), tentou, sem sucesso, retirar o requerimento de convocação da pauta, antecipando que seria derrotado.

Acordo Protege Ex-Ministro Lupi

As quebras de sigilos – telefônico, telemático (referente a comunicações), bancário e fiscal – de Carlos Lupi, atual presidente do PDT e ex-ministro de Lula, foram retiradas da pauta sem deliberação. O acordo também envolveu a suspensão da elaboração de um relatório detalhado sobre as transações financeiras do político.

O consenso foi negociado antes da reunião entre o representante do governo, deputado Paulo Pimenta (PT-RS), e o líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), com a mediação de Carlos Viana (Podemos-MG), presidente da CPI.

Aprovação de Relatório do Coaf e Punição a Aliada

Em outra votação, os aliados de Lula aprovaram um requerimento que solicita ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) um relatório sobre as transações financeiras do advogado Eli Cohen no período de 2015 a 2025. Cohen foi um dos primeiros a expor as irregularidades nos benefícios previdenciários e já depôs no colegiado. O pedido foi aprovado por 21 votos a 10.

Nesta votação, o deputado Sóstenes Cavalcante votou com a base governista, em um movimento de pressão. "Você vai votar com a gente em todas?", perguntou o governista Alencar Santana (PT-SP) ao opositor. "Vou, e se vocês não votarem comigo nos outros, vão ser expostos", respondeu o bolsonarista.

Nos bastidores, membros do governo alegam que Cohen possui laços com a oposição. Conforme revelado pela Folha de S.Paulo na véspera (15), o advogado admitiu em um áudio ter recebido orientações do marqueteiro do PL, Duda Lima, sobre como se comportar no seu depoimento. O advogado se defende, afirmando ser vítima de uma "destruição de caráter" por ter revelado as irregularidades.

O governo também conseguiu rejeitar, por 19 votos a 11, os requerimentos que pediam a quebra de sigilo da publicitária Danielle Miranda Fontelles. Ela já trabalhou em campanhas do PT e, de acordo com documentos em posse da CPI, recebeu R$ 5 milhões de Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como "Careca do INSS", figura central no escândalo de descontos em aposentadorias. A defesa de Careca nega qualquer ilegalidade.

Reorganização da Base Governamental

As votações favoráveis desta quinta-feira reforçam a reorganização da base de apoio a Lula no Congresso. Após o revés inicial, quando a oposição conseguiu eleger o senador Carlos Viana (Podemos-MG) para a presidência e o deputado Alfredo Gaspar (União-AL) como relator – frustrando os planos do Planalto, que apoiava Omar Aziz (PSD-AM) e Ricardo Ayres (Republicanos-TO), respectivamente – os aliados do governo recuperaram a maioria dos votos na comissão.

As deliberações ocorreram antes do depoimento de Cícero Marcelino, apontado como um operador-chave no esquema de descontos ligado à Confederação Nacional dos Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais (Conafer). Um relatório do Coaf indicou que a Conafer movimentou R$ 796,8 milhões em transações atípicas entre 2022 e 2025. O presidente da entidade, Carlos Roberto Ferreira Lopes, reconheceu à Folha de S.Paulo que houve falhas na atuação, mas garantiu que foram corrigidas e que R$ 170 milhões já foram ressarcidos.

Governador do PT ignora Justiça e abriga réu do Fundeb

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 Jerônimo Rodrigues e José Bonifácio Marques Dourado

O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), protagoniza um movimento questionável que coloca em xeque a ética e a transparência de sua gestão. Ele nomeou o ex-prefeito de Ruy Barbosa, José Bonifácio Marques Dourado (MDB), para um cargo de assessor técnico na Secretaria de Infraestrutura Hídrica e Saneamento, ignorando um fato crucial: Bonifácio é réu em uma ação que investiga fraudes e desvios de verbas do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica).

A nomeação, assinada pelo próprio governador, é um sinal perigoso. O ex-prefeito está sendo investigado pelo MPF no âmbito da Operação Águia de Haia, sob suspeitas de contratos superfaturados e direcionamento de licitações na área da educação, um crime que atinge diretamente o futuro das crianças baianas. Ao acolher um político com este perfil judicial, o governo petista desmoraliza a luta contra a corrupção e menospreza a aplicação correta de recursos vitais.

A pasta que agora abriga o réu é comandada por Larissa Moraes (MDB) e atua sob forte influência de Geddel Vieira Lima (MDB), ele próprio condenado por lavagem de dinheiro. Essa conjuntura reforça a impressão de que a nomeação de Bonifácio não se baseia em mérito ou ficha limpa, mas sim em acordos políticos para acomodar aliados e garantir a governabilidade.

O governador Jerônimo Rodrigues utiliza a máquina pública para proteger um investigado por desviar dinheiro da educação, priorizando a manutenção de alianças em vez da probidade administrativa. Essa atitude é uma ofensa à sociedade, que exige rigor na gestão do dinheiro público. O MPF e a população baiana merecem uma explicação imediata sobre a necessidade de nomear um réu do Fundeb para um cargo no Governo do Estado.

Na tenda de Arthur Lira, Lula e Bolsonaro estão juntos

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Na tenda de Arthur Lira, Lula e Bolsonaro estão juntos

O deputado federal Arthur Lira (PP) tem adotado uma postura política calculada, transitando entre dois campos opostos do cenário nacional: o bolsonarismo e o lulismo. A estratégia busca preservar seus interesses pessoais e partidários em meio ao atual abalo político que atingiu Brasília e provocou fissuras na federação União Progressista. Apesar do anúncio de que a sigla deixaria a base de apoio ao governo Lula (PT), o movimento não se reflete de forma uniforme nos estados, onde prevalecem arranjos locais e alianças particulares.

Essa duplicidade de posicionamento evidencia a habilidade de Lira em se manter como peça-chave no tabuleiro político. De um lado, ele evita um rompimento definitivo com o governo federal, preservando a possibilidade de negociações futuras e mantendo canais abertos com o Planalto. De outro, busca não perder espaço junto ao eleitorado conservador, majoritariamente vinculado ao ex-presidente Jair Bolsonaro, que segue influente em várias regiões do país.

Paralelamente, Lira também enfrenta o desafio de definir sua relação político-eleitoral com o prefeito de Maceió, JHC (PL). Embora ambos compartilhem vínculos partidários e baseem suas carreiras em Alagoas, há um distanciamento evidente entre o atual chefe do Executivo municipal e o ex-presidente da Câmara dos Deputados. A tentativa de Lira de deixar clara essa dinâmica faz parte de uma estratégia maior, na qual busca consolidar seu espaço sem comprometer alianças locais que podem ser decisivas em futuros pleitos.

Disputa entre Lira e Renan atrasa isenção do IR até R$ 5 mil

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Renan Calheiros e Arthur Lira

O projeto de lei que isenta o Imposto de Renda (IR) para brasileiros com rendimentos de até R$ 5 mil está parado na Câmara dos Deputados, em um impasse que intriga o meio político. A proposta, que cumpre uma promessa de campanha do presidente Lula, também prevê um desconto no pagamento do IR para quem recebe entre R$ 5 mil e R$ 7 mil.

A medida é de grande alcance, com potencial para beneficiar mais de 10 milhões de contribuintes individuais e um número ainda maior de famílias. Dada a sua popularidade, a aprovação seria uma vitória fácil para qualquer parlamentar. No entanto, sua tramitação, que deveria ser célere, está inexplicavelmente emperrada.

O deputado federal Arthur Lira (AL), o relator escolhido para o projeto, recebeu a matéria em março, mas, passados seis meses, o relatório ainda não havia sido levado à votação. Para que a isenção possa vigorar a partir de 2026, a aprovação final precisa ocorrer ainda neste ano.

Jogo de Poder e Aceleração Repentina

A demora do relator – conhecido por sua astúcia política – levantou suspeitas de que estaria usando o projeto como ferramenta de negociação. A situação ganhou um novo capítulo quando o senador Renan Calheiros aproveitou a inércia na Câmara para articular a aprovação de uma proposta paralela, sobre o mesmo tema, na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado.

Esse movimento colocou Lira sob pressão e o fez reagir imediatamente: temendo ser ultrapassado pelo rival, ele anunciou que seu relatório está pronto para ser votado.

Tradicionalmente, o relator na Câmara incorporaria o texto aprovado pelo Senado à proposta original do governo. Contudo, Lira sinalizou que não fará isso, numa clara recusa em dar "vitrine" a Renan Calheiros. Apesar disso, a manobra do senador já garantiu destaque em um tema de extrema relevância.

A situação revela, no cerne da política nacional, que os interesses pessoais e as rivalidades internas têm se sobreposto às urgências e demandas do país. Como observou o jornalista Ricardo Kotscho, o episódio é um sintoma de que a Câmara Federal, por vezes, se comporta como uma "grande Câmara de Vereadores," onde o interesse paroquial dita a pauta.

O fato é que o atraso tem feito milhões de contribuintes de "besta" no clássico jogo político. A expectativa, agora, é que o projeto seja aprovado sem mais delongas, dado que o relatório de Lira estaria finalizado.

Donald Trump elogia Lula na Assembleia Geral da ONU e diz que quer se encontrar com ele novamente na próxima semana

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Donald Trump elogia Lula na Assembleia Geral da ONU
Nesta terça-feira (23), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que pretende se reunir com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na próxima semana. Durante discurso, ele elogiou o líder brasileiro, chamando-o de “um homem muito agradável” e destacando a “excelente química” que percebeu no breve contato que tiveram.

Trump foi o segundo a falar na abertura da 80ª Sessão Ordinária da Assembleia Geral da ONU, logo após a fala de Lula, que abriu o encontro. Em sua fala, o norte-americano justificou as tarifas impostas ao Brasil e a outros países como medida de proteção da soberania e da segurança dos Estados Unidos, afirmando que nações estrangeiras “se aproveitaram por décadas” das gestões anteriores.

Ao relembrar o encontro com Lula pouco antes da sessão, Trump contou que os dois se cumprimentaram calorosamente. “Nós nos abraçamos. As pessoas ficaram surpresas. Conversamos por cerca de 20 segundos e combinamos uma reunião para a próxima semana”, relatou.

O presidente norte-americano reiterou os elogios ao petista. “Ele parece ser uma pessoa muito agradável. Eu gosto dele e ele gosta de mim. Gosto de negociar com pessoas de quem gosto. Tivemos uns 30 segundos de conversa, mas foi uma química excelente, um bom sinal”, afirmou.

Apesar do tom amistoso, Trump criticou as políticas comerciais brasileiras. Segundo ele, o país “tratou os EUA de forma muito injusta” ao aplicar tarifas elevadas sobre produtos norte-americanos, o que levou Washington a retaliar com impostos de 50% sobre alguns itens brasileiros. “Tomei essa decisão porque, como presidente, devo defender a soberania e os direitos dos cidadãos americanos”, declarou.

Trump também acusou o Brasil de adotar práticas que “interferem nos direitos e liberdades” de americanos e estrangeiros, citando censura, repressão e o uso do sistema judicial como arma política. Ainda assim, deixou aberta a possibilidade de cooperação: “O Brasil pode se dar bem se trabalhar conosco. Sem os Estados Unidos, eles vão fracassar, como outros já fracassaram”, concluiu.

PCC usa IA do Governo para espionar autoridades: Soberania!

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Ministério da Justiça
Uma investigação da Polícia Federal revelou que o Primeiro Comando da Capital (PCC) invadiu o sistema de inteligência artificial do Ministério da Justiça para espionar autoridades. O grupo criminoso teve acesso ao sistema Córtex, que coleta dados de pessoas investigadas, incluindo informações sobre a rotina e o itinerário.

A PF descobriu que um único usuário, usando um robô, pesquisou dados de 1 milhão de pessoas em um só dia. A lista de alvos incluía ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e o diretor-geral da PF, Andrei Rodriguez. Havia, inclusive, um plano para assassinar o senador Sergio Moro e um promotor.

Segundo especialistas, a invasão mostra a ousadia e o poder de intimidação dessas organizações criminosas, que se utilizam de tecnologia de ponta para cometer crimes e desafiar a segurança pública. O caso levanta discussões sobre a fragilidade dos sistemas de segurança governamentais e a necessidade de leis mais rigorosas para combater o crime organizado.

A investigação também aponta para a possibilidade de que o assassinato do ex-delegado Ruy Ferraz Fontes, em Praia Grande (SP), e do delator do PCC Vinícius Gritzbach tenham sido parte de um plano maior do grupo criminoso para eliminar desafetos.

As autoridades seguem investigando o caso, buscando os responsáveis pela invasão e avaliando os danos causados.

Atos contra a anistia: empate técnico com manifestações pró-Bolsonaro

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Atos contra a anistia: empate técnico com manifestações pró-Bolsonaro
Novos dados da USP e do Cebrap, em parceria com a ONG More in Common, revelam que os recentes atos contra a anistia em São Paulo e no Rio de Janeiro reuniram um público comparável às manifestações de 7 de setembro em apoio a Jair Bolsonaro. Embora o ato em São Paulo, na Avenida Paulista, tenha contabilizado 42,4 mil pessoas, superando as 42,2 mil do protesto bolsonarista, essa diferença não é estatisticamente significativa.

O estudo aponta para um empate técnico, com os dois eventos na mesma avenida ficando dentro da margem de erro. A análise, feita a partir de fotos aéreas e inteligência artificial, posiciona ambos os atos em um patamar semelhante de mobilização.

No Rio de Janeiro, a situação se repete: o ato contra a anistia em Copacabana atraiu 41,8 mil pessoas, enquanto o de 7 de setembro alcançou 42,7 mil. Mais uma vez, os números são considerados um empate técnico.

Essa equiparação numérica mostra uma intensa disputa nas ruas, com a esquerda, por meio das Frentes Povo Sem Medo e Brasil Popular, conseguindo mobilizar um público tão expressivo quanto o da oposição. Segundo o professor Pablo Ortellado, essa mobilização da esquerda seria resultado de "erros estratégicos da oposição", que estariam "devolvendo as ruas" para o seu campo político.

CPMI do INSS ouve ex-diretor financeiro apontado como sócio de líder de esquema bilionário

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CPMI do INSS ouve ex-diretor financeiro apontado como sócio de líder de esquema bilionário

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS realizou, a oitiva de Rubens Oliveira Costa, ex-diretor financeiro das empresas de Antônio Carlos Camilo Antunes, o "Careca do INSS". Costa é investigado por suposto envolvimento no esquema de fraudes que desviou aproximadamente R$ 6 bilhões dos cofres da Previdência Social.

A convocação foi baseada em 11 requerimentos, incluindo um do relator Alfredo Gaspar (União-AL), que citou a participação de Costa em empresas como a Acca Consultoria Empresarial, identificada como operadora central das fraudes. "Descortina-se a direta vinculação de Rubens Oliveira Costa na 'farra do INSS'", afirmou Gaspar em seu requerimento.

O depoimento ocorre após a audiência de Milton Salvador de Almeida, sucessor de Costa no cargo, que na quinta-feira (18) negou qualquer vínculo societário com Antunes. Salvador declarou ser apenas responsável pelo sistema contábil, processando pagamentos mensais de cerca de R$ 10 milhões sem conhecer a natureza dos serviços prestados.

Rubens Costa tentou, sem sucesso, alterar seu status para investigado, argumentando através de advogados que sua prisão preventiva já havia sido pedida pela comissão. O presidente da CPMI, senador Carlos Viana (Podemos-MG), manteve a condição de testemunha, afirmando que a decisão foi colegiada e amparada pelo regimento interno.

A comissão busca elucidar as conexões financeiras do esquema que operava através de descontos não autorizados em benefícios de aposentados e pensionistas. Investigadores apontam que Costa teria participação em empresas que recebiam valores de entidades associativas envolvidas nas irregularidades.

O depoimento de segunda-feira representa mais um passo no quebra-cabeça montado pela CPMI, que já identificou movimentações suspeitas superiores a R$ 4 bilhões e busca responsabilizar todos os envolvidos na operação que prejudicou milhares de beneficiários do INSS.

CPI do Crime Organizado aguarda indicações de líderes para iniciar trabalhos

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Senador Alessandro Vieira
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Crime Organizado, aprovada pelo Senado Federal, aguarda as indicações dos líderes partidários para dar início às investigações. O senador Alessandro Vieira (MDB-SE) cobrou celeridade na definição dos membros da comissão, que tem como objetivo investigar a estruturação de facções criminosas como PCC e Comando Vermelho, além de práticas de lavagem de dinheiro através de instituições financeiras digitais.

A CPI foi formalmente criada após a leitura do requerimento em Plenário, mas depende da composição de seus membros para iniciar efetivamente os trabalhos. Vieira destacou a urgência do tema: "Não podemos procrastinar quando se trata de combater organizações criminosas que se infiltraram em setores estratégicos da economia".

O senador Humberto Costa (PT-PE) endossou a posição, afirmando que a investigação é fundamental para "impedir que grupos criminosos consolidem acesso a dinheiro e poder". Na mesma linha, o senador Sérgio Moro (União-PR) classificou a CPI como instrumento necessário para "desarticular financeiramente as organizações criminosas que operam em território nacional".

A comissão deverá focar em três eixos principais: a atuação transnacional das facções, os métodos de lavagem de dinheiro através de fintechs e a infiltração em licitações públicas. Especialistas apontam que as investigações podem revelar conexões entre o crime organizado e setores formais da economia.

A expectativa é que as indicações sejam concluídas até o final da semana, permitindo a instalação formal da CPI e a eleição de sua mesa diretora. A comissão terá 180 dias de funcionamento, prorrogáveis por igual período, para apresentar conclusões e recomendações ao combate do crime organizado no Brasil.

CPMI do INSS intensifica investigações sobre fraudes bilionárias

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CPMI do INSS intensifica investigações sobre fraudes bilionárias
A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS iniciou uma fase mais rigorosa nas investigações sobre descontos fraudulentos em aposentadorias e pensões. O presidente da comissão, senador Carlos Viana (Podemos-MG), anunciou nesta quinta-feira (18) medidas para aprofundar as apurações do esquema que desviou aproximadamente R$ 6 bilhões entre 2019 e 2024.

Um avanço significativo ocorreu com a mudança de posicionamento do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o comparecimento obrigatório de convocados. O ministro André Mendonça passou a exigir que testemunhas prestem depoimento, fortalecendo o trabalho da comissão. "Iniciamos uma fase mais firme e direcionada", afirmou Viana.

A CPMI ouviu o advogado Nelson Willians Rodrigues, envolvido em transações suspeitas com o empresário Maurício Camisotti, um dos investigados. Amparado por habeas corpus, Rodrigues negou qualquer participação no esquema: "Não conheço o 'Careca do INSS' e não tenho ligação com os fatos investigados".

O relator deputado Alfredo Gaspar (União-AL) contestou a versão, destacando movimentações financeiras de R$ 4 bilhões e ostentação nas redes sociais. "Seu silêncio falou alto. Ele chega como testemunha e sai como investigado", declarou.

A comissão aprovou 179 requerimentos, incluindo convites para os ministros Vinícius Carvalho (CGU) e Jorge Messias (AGU), além do diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues. Solicitou também ao STF informações sobre possíveis envolvidos políticos.

As restrições de comparecimento mantêm-se para investigados presos, como o "Careca do INSS" e Camisotti. Parlamentares buscam interrogá-los nas dependências da Polícia Federal.

A CPMI organiza cerca de 80 convocados por ordem de prioridade e estuda pedir prorrogação dos trabalhos. Um agente da PF auxilia especificamente nas investigações de lavagem de dinheiro, crucial para desvendar o esquema que prejudicou milhares de aposentados.


CNH Social: o que é a nova carteira de motorista?

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CNH Social
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou, em junho deste ano, o programa CNH Social, que oferece a carteira de motorista de forma gratuita. O projeto não cria um novo tipo de documento, mas possibilita que a habilitação seja emitida sem custos para os beneficiários.

Segundo a legislação, os valores arrecadados com multas de trânsito poderão ser utilizados para custear a emissão da CNH para cidadãos que se enquadrem nos critérios do programa.

Como a CNH Social utiliza a mesma carteira emitida pelos estados, os beneficiários também têm acesso à versão digital pelo aplicativo Carteira Digital de Trânsito (CDT). Pelo app, é possível consultar e pagar multas, além de baixar o Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo (CRLV).

Por se tratar de uma iniciativa assistencial, a CNH Social destina-se a uma parcela específica da população, obedecendo aos seguintes requisitos:

  • Ter 18 anos ou mais;

  • Estar solicitando a primeira CNH;

  • Estar cadastrado no Cadastro Único (CadÚnico) como titular ou dependente;

  • Possuir renda de até meio salário mínimo (R$ 706) por pessoa, incluindo famílias que tenham este valor por integrante.

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