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Análise dos atos pró-Bolsonaro: PL e a estratégia por trás dos protestos de 3 de agosto

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Ato na Paulista

O presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, avaliou que as manifestações realizadas no último domingo, dia 3 de agosto, em apoio a Jair Bolsonaro, superaram as expectativas. Segundo ele, o número de participantes foi significativo, mesmo sem a presença do ex-presidente, uma figura central em eventos anteriores.

A estratégia adotada pelo partido para este ciclo de protestos foi a dispersão, organizando os atos em diversas cidades brasileiras. O objetivo era evitar a concentração em um único local, o que poderia gerar comparações desfavoráveis com mobilizações passadas. Em São Paulo, por exemplo, a manifestação na Avenida Paulista atraiu um público estimado em 37,6 mil pessoas, segundo levantamento da Universidade de São Paulo (USP). Esse número é notável, pois representa um aumento de mais de 200% em relação ao último protesto realizado na capital paulista em junho.

Em entrevista à CNN, Valdemar Costa Neto revelou que a mobilização popular foi mais eficaz ao focar em temas como a defesa de Bolsonaro e críticas ao governo de Lula, em vez de concentrar esforços na pauta da anistia. Ele argumenta que a anistia é um tema com pouca chance de progredir no Congresso Nacional, e que as manifestações ganham mais força ao abordar questões mais populares.

Com o julgamento de Bolsonaro se aproximando, o PL já está em processo de planejamento para uma nova mobilização. A data provisória para o próximo grande ato é 7 de setembro, indicando uma continuidade na estratégia de manter a base eleitoral engajada e visível.

MPF investiga ex-presidente do PT em Alagoas por suspeita de nepotismo e desvio de R$ 400 mil do fundo eleitoral

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Bandeira do PT
O Ministério Público Federal (MPF) instaurou um inquérito civil para apurar possíveis práticas de improbidade administrativa e nepotismo no âmbito do Diretório Estadual do Partido dos Trabalhadores (PT) em Alagoas. O foco da investigação recai sobre a gestão de Ricardo César Barbosa de Oliveira, ex-presidente da sigla no estado, e envolve a aplicação de recursos públicos oriundos do fundo eleitoral.

De acordo com os elementos já reunidos pelo MPF, há indícios de que mais de R$ 400 mil, repassados ao partido por meio do fundo especial de financiamento de campanha — composto exclusivamente por verbas da União — teriam sido destinados ao advogado Guilherme Tadeu Albuquerque Barbosa, filho de Ricardo Barbosa. O repasse, ainda sob análise, levanta suspeitas de favorecimento pessoal e desvio de finalidade na aplicação dos recursos.

O episódio pode configurar violação aos princípios da administração pública, como legalidade, impessoalidade e moralidade, além de possível prática de nepotismo. A destinação de valores tão expressivos a um parente direto do então dirigente partidário, sem transparência quanto aos critérios objetivos de contratação, é um dos pontos centrais da apuração em curso.

Embora o Diretório Estadual do PT em Alagoas esteja atualmente sob a presidência do deputado estadual Ronaldo Medeiros, o inquérito concentra-se exclusivamente nos atos administrativos e financeiros executados durante o processo eleitoral de 2024, quando Ricardo Barbosa ainda ocupava o comando da legenda.

Até o momento, nem Ricardo Barbosa nem Guilherme Barbosa apresentaram esclarecimentos formais sobre o caso. A ausência de manifestação oficial dos envolvidos reforça o caráter preliminar da investigação, mas não impede que, a depender das conclusões do MPF, medidas judiciais sejam adotadas, inclusive com possível responsabilização civil e administrativa dos suspeitos.

A utilização de recursos públicos em contextos partidários permanece como uma das áreas mais sensíveis no controle da legalidade das eleições, especialmente quando se trata de valores expressivos do fundo eleitoral. O avanço do inquérito deverá lançar luz sobre os mecanismos internos de gestão do diretório e avaliar até que ponto houve desvio de conduta com prejuízo ao erário.

Mulher é presa por perseguir casal e tentar pegar bebê em shopping de Maceió

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A mulher foi detida inicialmente pelos seguranças do Shopping
Uma mulher de 51 anos foi presa no domingo (3), em Maceió, suspeita de perseguir um casal e a filha deles, uma bebê de 7 meses, dentro de um shopping no bairro de Cruz das Almas. Apesar da suspeita inicial de tentativa de sequestro, a polícia informou que ela foi autuada por stalking — crime de perseguição.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), os pais da criança contaram que a mulher começou a segui-los pelo shopping e tentou interagir com a bebê várias vezes, mesmo depois de serem claros ao pedir que ela parasse. Assustados com a insistência, eles chamaram a segurança do shopping, que deteve a suspeita até a chegada da Polícia Militar.

De acordo com testemunhas, a mulher chegou a tentar pegar a criança à força duas vezes. Primeiro, se aproximou e tentou arrancar a bebê dos braços dos pais. Depois, já em outra loja, fez uma nova tentativa.

Ela foi levada para a Central de Flagrantes, onde o delegado Eliel Tavares registrou a prisão pelo crime de perseguição, com agravante por envolver uma criança.

O crime de stalking foi incluído no Código Penal em 2021 pela Lei 14.132. Ele se caracteriza por perseguições repetidas que ameaçam a integridade física ou emocional da vítima, ou invadem sua liberdade e privacidade. A pena pode variar de 6 meses a 2 anos de prisão, além de multa. Quando a vítima é criança, adolescente ou idoso, a pena pode ser aumentada pela metade.

Durante o depoimento, a mulher alegou ter problemas mentais e deu versões contraditórias sobre o que aconteceu. Segundo a SSP, ela vai continuar presa até que a fiança seja paga.

Homem defende mãe de agressões e mata ex-padrasto a tiros em Arapiraca

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Viatura da PMAL

Um homem de 41 anos foi morto a tiros no domingo (3), no bairro Canafístula, em Arapiraca. De acordo com a Polícia Militar, ele foi baleado pelo ex-enteado depois de agredir a ex-esposa. O jovem, ao ver a cena, tentou defender a mãe e atirou contra o homem. Após o crime, ele fugiu e ainda não foi encontrado.

Segundo familiares, tudo começou com uma briga dentro da casa. A discussão foi ficando mais intensa e acabou indo para fora da residência. Depois de um tempo, o homem voltou para tentar conversar com a ex-companheira, mas o ex-enteado também voltou ao local e atirou.

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi chamado, mas quando chegou ao local, a vítima já estava sem vida. O corpo foi levado para o Instituto Médico Legal (IML).

A Polícia fez buscas na região, mas não conseguiu localizar o suspeito. O caso será investigado pela Polícia Civil.

Fraude, silêncio e queda: o MDB da Barra e a farsa da cota de gênero

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Plenário da Barra de São Miguel

Na pequena e ensolarada Barra de São Miguel, onde as ondas do mar parecem alheias ao burburinho da política local, uma decisão judicial caiu como tempestade em céu azul. O Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas puxou o fio de uma trama silenciosa e revelou o que muitos desconfiavam, mas poucos ousavam dizer em voz alta: a fraude estava no coração da disputa eleitoral de 2024.

Na sentença assinada pelo juiz Bruno Acioli Araújo, publicada nesta quinta-feira, 1º de agosto, o MDB foi condenado por violar a cota de gênero — mecanismo que garante espaço mínimo para mulheres nas chapas proporcionais. A pena foi severa: todos os votos recebidos pelo partido na eleição para vereador foram anulados. E os eleitos, mesmo aqueles legitimados pelas urnas, tiveram seus diplomas cassados.

O centro da acusação girava em torno de uma figura discreta: Maria José Nunes da Silva, ou simplesmente Mazé. Seu nome constava na lista de candidaturas, mas sua presença na campanha foi nula — nenhuma faixa, nenhum comício, nenhuma menção nas ruas ou redes. Mazé era uma candidata invisível, ausente por completo da arena política. E foi exatamente essa ausência que confirmou a suspeita: tratava-se de uma candidatura fictícia, criada apenas para atender formalmente ao percentual mínimo de mulheres exigido por lei.

A Justiça Eleitoral não se deixou enganar pelo silêncio. Considerou que a fraude à cota de gênero desvirtuou todo o processo democrático da legenda, tornando ilegítimos não apenas os votos dados a Mazé, mas todos os votos de legenda e nominais atribuídos ao MDB naquela eleição. A decisão cassou os mandatos conquistados e decretou o que muitos políticos mais temem: o vazio onde antes havia poder.

Além disso, Mazé foi declarada inelegível por oito anos, prazo contado a partir da data da eleição. Uma pena que, embora prevista em lei, carrega o peso simbólico de uma exclusão pública, como uma porta fechada antes mesmo que se pudesse cruzá-la.

Assim, o MDB da Barra de São Miguel — palco de tantas disputas acirradas e acordos silenciosos — se vê agora no centro de uma narrativa de fraude e punição. Uma história que expõe não apenas a manobra pontual, mas a fragilidade de um sistema ainda distante da equidade real que pretende garantir.

No papel, havia mulheres. Na prática, apenas o eco de uma ausência cuidadosamente construída. E, agora, a Justiça fez valer a letra da lei — ainda que tardia, ainda que dura.

Victor Pereira resiste à entrega do PSB a JHC

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Vitor Pereira

Nos bastidores da política alagoana, onde sorrisos públicos muitas vezes escondem lâminas afiadas, uma movimentação sutil, mas decisiva, começa a tomar forma. O enredo envolve nomes de peso, pactos silenciosos e uma legenda política que, embora nascida sob a inspiração de Miguel Arraes, hoje segue por caminhos menos idealistas.

O prefeito de Maceió, João Henrique Caldas, o JHC, parece atravessar uma ponte ideológica: caminha, ainda que com passos cautelosos, da cartilha bolsonarista em direção ao lulismo. Esse deslocamento, embora ainda não oficializado, é motivo de observação atenta — e alguma inquietação — no grupo liderado pelos Calheiros, que observa a transição como quem aguarda uma peça-chave se encaixar no tabuleiro de Brasília.

Nos corredores do poder, há quem afirme que João Campos, atual prefeito do Recife e figura de destaque no PSB nacional, desempenhou papel essencial na costura desse acordo político. Um dos articuladores presentes, em conversa reservada, confirmou o acerto: JHC deverá retornar ao campo socialista — ainda que sem prazo determinado. Para os Calheiros, no entanto, a urgência é evidente. Querem vê-lo quanto antes de volta ao “ninho”.

Mas a realidade local é menos simples. O obstáculo tem nome e sobrenome: Victor Pereira. Atual comandante do diretório estadual do PSB em Alagoas, ele não demonstra disposição alguma para ceder a sigla ao prefeito de Maceió. Nem diálogo, nem concessões. O PSB alagoano, segundo Victor, não está à venda — tampouco disponível para projetos pessoais.

Diante do impasse, surge a pergunta que ecoa entre lideranças e observadores políticos: seria possível uma medida de força? Uma intervenção direta do PSB nacional poderia abrir caminho para JHC assumir o partido no estado? Tecnicamente, sim. Mas a engrenagem partidária exige justificativas claras para tal movimentação, e, até o momento, não há sinal de que essas condições estejam dadas.

Assim, o jogo segue, em silêncio e entrelinhas, com cada lado cuidando de suas cartas e esperando o momento certo para avançar. A política, afinal, também se faz de paciência — e de estratégia.

Família retira corpo de vítima de homicídio da cena do crime em Arapiraca

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Polícia Militar de Alagoas

Na manhã do último sábado, 2 de agosto, um cenário de dor e desespero se desenrolou no conjunto Frei Damião, bairro Canafístula, em Arapiraca. Um homem havia sido vítima de um homicídio brutal, com múltiplos disparos de arma de fogo. A cena do crime, já isolada pela Polícia Militar e pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), parecia selar o triste fim de uma vida.

O Samu chegou ao local, acompanhado por uma guarnição do 3º Batalhão da Polícia Militar, e os socorristas confirmaram o óbito. No entanto, a dor da perda turvou o julgamento da família. Logo após a partida da ambulância, um grupo de familiares, consumido pela esperança desesperada, acreditou ver sinais de vida no corpo. Desafiando o isolamento da área e a orientação das autoridades, eles removeram o corpo da cena do crime e o transportaram em um veículo particular até o Hospital de Emergência do Agreste.

A guarnição policial tentou conter a multidão, mas a tarefa era impossível diante do número de pessoas. Sem conseguir impedir a remoção, os policiais seguiram a família em sua viatura, acompanhando o trajeto até a unidade hospitalar. No hospital, a equipe médica, com a mais dura das notícias, confirmou o óbito já atestado pelo Samu. A esperança, por um breve momento, se desfez na sala de emergência.

O Relatório de Ocorrências da Secretaria de Segurança Pública (SSP-AL) detalhou o ocorrido. Além de violar o isolamento, os familiares foram confrontados pelos policiais. Um dos parentes foi levado à Central de Polícia Civil e um boletim de ocorrência foi registrado sob a categoria de “outros fatos atípicos”, fechando o ciclo de um acontecimento que, em sua essência, retrata o caos e a negação diante do luto repentino.

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