CPI do Crime Organizado aguarda indicações de líderes para iniciar trabalhos

Senador Alessandro Vieira
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Crime Organizado, aprovada pelo Senado Federal, aguarda as indicações dos líderes partidários para dar início às investigações. O senador Alessandro Vieira (MDB-SE) cobrou celeridade na definição dos membros da comissão, que tem como objetivo investigar a estruturação de facções criminosas como PCC e Comando Vermelho, além de práticas de lavagem de dinheiro através de instituições financeiras digitais.

A CPI foi formalmente criada após a leitura do requerimento em Plenário, mas depende da composição de seus membros para iniciar efetivamente os trabalhos. Vieira destacou a urgência do tema: "Não podemos procrastinar quando se trata de combater organizações criminosas que se infiltraram em setores estratégicos da economia".

O senador Humberto Costa (PT-PE) endossou a posição, afirmando que a investigação é fundamental para "impedir que grupos criminosos consolidem acesso a dinheiro e poder". Na mesma linha, o senador Sérgio Moro (União-PR) classificou a CPI como instrumento necessário para "desarticular financeiramente as organizações criminosas que operam em território nacional".

A comissão deverá focar em três eixos principais: a atuação transnacional das facções, os métodos de lavagem de dinheiro através de fintechs e a infiltração em licitações públicas. Especialistas apontam que as investigações podem revelar conexões entre o crime organizado e setores formais da economia.

A expectativa é que as indicações sejam concluídas até o final da semana, permitindo a instalação formal da CPI e a eleição de sua mesa diretora. A comissão terá 180 dias de funcionamento, prorrogáveis por igual período, para apresentar conclusões e recomendações ao combate do crime organizado no Brasil.

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