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| CPMI do INSS intensifica investigações sobre fraudes bilionárias |
Um avanço significativo ocorreu com a mudança de posicionamento do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o comparecimento obrigatório de convocados. O ministro André Mendonça passou a exigir que testemunhas prestem depoimento, fortalecendo o trabalho da comissão. "Iniciamos uma fase mais firme e direcionada", afirmou Viana.
A CPMI ouviu o advogado Nelson Willians Rodrigues, envolvido em transações suspeitas com o empresário Maurício Camisotti, um dos investigados. Amparado por habeas corpus, Rodrigues negou qualquer participação no esquema: "Não conheço o 'Careca do INSS' e não tenho ligação com os fatos investigados".
O relator deputado Alfredo Gaspar (União-AL) contestou a versão, destacando movimentações financeiras de R$ 4 bilhões e ostentação nas redes sociais. "Seu silêncio falou alto. Ele chega como testemunha e sai como investigado", declarou.
A comissão aprovou 179 requerimentos, incluindo convites para os ministros Vinícius Carvalho (CGU) e Jorge Messias (AGU), além do diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues. Solicitou também ao STF informações sobre possíveis envolvidos políticos.
As restrições de comparecimento mantêm-se para investigados presos, como o "Careca do INSS" e Camisotti. Parlamentares buscam interrogá-los nas dependências da Polícia Federal.
A CPMI organiza cerca de 80 convocados por ordem de prioridade e estuda pedir prorrogação dos trabalhos. Um agente da PF auxilia especificamente nas investigações de lavagem de dinheiro, crucial para desvendar o esquema que prejudicou milhares de aposentados.
