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| Jerônimo Rodrigues e José Bonifácio Marques Dourado |
O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), protagoniza um movimento questionável que coloca em xeque a ética e a transparência de sua gestão. Ele nomeou o ex-prefeito de Ruy Barbosa, José Bonifácio Marques Dourado (MDB), para um cargo de assessor técnico na Secretaria de Infraestrutura Hídrica e Saneamento, ignorando um fato crucial: Bonifácio é réu em uma ação que investiga fraudes e desvios de verbas do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica).
A nomeação, assinada pelo próprio governador, é um sinal perigoso. O ex-prefeito está sendo investigado pelo MPF no âmbito da Operação Águia de Haia, sob suspeitas de contratos superfaturados e direcionamento de licitações na área da educação, um crime que atinge diretamente o futuro das crianças baianas. Ao acolher um político com este perfil judicial, o governo petista desmoraliza a luta contra a corrupção e menospreza a aplicação correta de recursos vitais.
A pasta que agora abriga o réu é comandada por Larissa Moraes (MDB) e atua sob forte influência de Geddel Vieira Lima (MDB), ele próprio condenado por lavagem de dinheiro. Essa conjuntura reforça a impressão de que a nomeação de Bonifácio não se baseia em mérito ou ficha limpa, mas sim em acordos políticos para acomodar aliados e garantir a governabilidade.
O governador Jerônimo Rodrigues utiliza a máquina pública para proteger um investigado por desviar dinheiro da educação, priorizando a manutenção de alianças em vez da probidade administrativa. Essa atitude é uma ofensa à sociedade, que exige rigor na gestão do dinheiro público. O MPF e a população baiana merecem uma explicação imediata sobre a necessidade de nomear um réu do Fundeb para um cargo no Governo do Estado.
